CCP e CGTP exigem OE2022 com reposição do poder de compra dos trabalhadores

João Vieira Lopes, da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, e Isabel Camarinha, da CGTP, além de criticarem o Orçamento de Estado de 2022, também enumeram medidas a melhorar pelo Governo.

As confederações patronais e as centrais sindicais reúnem-se, na tarde desta segunda-feira com o Governo na Concertação Social para discutir o Orçamento do Estado para 2022.

Na antevisão da reunião, João Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), considera que o orçamento está desatualizado. "Havia pouca coisa em termos de empresas, nomeadamente na fiscalidade" das mesmas, considera.

O presidente da associação antecipa um "aumento das taxas de juro, riscos de perda de poder de compra da população" porque as empresas não estão "com capacidade de acompanhar a inflação em termos de aumentos salariais".

Para João Vieira Lopes, a escalada dos preços pode ser combatida com a descida "do IVA em alguns produtos" como o pão e os cereais. "Nós prevemos um aumento entre 20 a 30% do custo da alimentação nos próximos meses", revela, "sem ser pessimista". Para as empresas, "a fiscalidade terá de ter objetivos claros" e "em relação aos custos, deveria baixar as tributações autónomas".

Do lado dos Sindicatos, Isabel Camarinha secretária-geral da CGTP, exige que o governo reponha o poder de compra dos trabalhadores. "Vamos exigir que haja resposta aos problemas e degradação das condições de vida e de trabalho, além do aumento geral dos salários", porque o aumento dos preços "engoliu", na sua opinião, o aumento do salário mínimo nacional.

"O Governo tem dois caminhos", segundo a secretária-geral da CGTP, "ou altera as opções e o rumo que tem vindo a ser seguido", ou "continua com as opções que tem tido e terá que enfrentar a luta dos trabalhadores", que "exigem resposta aos seus problemas e anseios".

A reunião da Comissão Permanente da Concertação Social (CPCS) foi convocada na quarta-feira a pedido da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.

Recomendadas

Outros Conteúdos GMG

Patrocinado

Apoio de