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A coordenadora do BE, Catarina Martins, considerou esta quinta-feira que a sucessão de casos no Governo "é grave" e defendeu, sobre a situação de Fernando Medina mas também das restantes, que a justiça "deve investigar tudo, doa a quem doer".
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Catarina Martins participou hoje, em Lisboa, numa concentração de trabalhadores em solidariedade com um vigilante suspenso após ter denunciado ser vítima de assédio moral, tendo sido questionada pelos jornalistas sobre o recente caso que envolve o ministro das Finanças, Fernando Medina.
"É óbvio que esta sucessão de casos é grave. É grave no Governo, cria uma situação muito complicada e em Portugal ninguém está acima da lei e a investigação deve ser clara", começou por responder.
Sobre o escrutínio político, para a líder do BE, "o PS não pode fugir e não deve esconder-se na sua maioria absoluta, deve responder às perguntas todas".
"Dito isto, eu direi sobre Fernando Medina o que digo sobre qualquer um dos outros casos: investigue-se. Investigue-se tudo e que todas as respostas sejam dadas", apelou, antecipando que seguramente nos próximos dias haverá mais respostas sobre o processo.
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Já questionada sobre o caso de João Gomes Cravinho, então com ministro da Defesa, Catarina Martins ressalvou apenas que "há muitos casos e há casos de natureza diferente, com gravidade diferente", havendo sobretudo "uma falta de conhecimento do que se passa".
"O que digo e repito é: a sucessão de casos não ajuda o Governo, o facto de uma maioria absoluta chumbar por exemplo a audição a ministros quando era tão importante para haver escrutínio político, também não ajuda à credibilidade do Governo. Em relação à justiça, deve investigar tudo, doa a quem doer", sintetizou.
Fernando Medina pediu à Procuradoria-Geral da República para ser ouvido no âmbito do processo que motivou na terça-feira a realização de buscas na Câmara de Lisboa e que se prende com a celebração de contratos no período em que presidiu à autarquia.