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António Costa compreende as preocupações de França, que voltou a dizer não à hipótese de um gasoduto ibérico, mas considera que é necessário encontrar um "bom equilíbrio" entre a preservação ambiental e as necessidades energéticas europeias.
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"Há uma nova realidade geopolítica e não podemos estar tão dependentes de um ou dois fornecedores. A Península Ibérica é a região da Europa que tem uma maior capacidade de gaseificação de gás natural líquido e em Portugal temos o porto que é mais próximo dos maiores fornecedores, como os EUA e a Nigéria. Se queremos ter uma Europa mais autónoma é absolutamente fundamental incrementar. Compreendemos as preocupações de França para preservar o ambiente dos Pirenéus, mas temos de encontrar um bom equilíbrio entre a preservação e as necessidades de abastecimento da energia em toda a Europa", explicou Costa.
Apesar de ainda não haver consenso em relação ao gasoduto ibérico, António Costa acredita que a União Europeia está num bom caminho para responder à crise económica, uma vez que nesta reunião em Praga foi possível gerar um consenso "bastante amplo" em torno das linhas gerais apresentadas pela presidente da Comissão Europeia.

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"Queria congratular-me pelo facto de as propostas que a comissão apresenta irem num bom sentido das propostas que temos vindo a apresentar, como o preço máximo para o gás. Hoje não era um dia para conclusões, era um dia de trabalho, para explorar soluções e buscar aproximações tendo em vista as conclusões que queremos tirar nos próximos dias 20 e 21", afirmou o primeiro-ministro.
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No final da conferência de imprensa, Costa não quis comentar as reações às previsões macroeconómicas apresentadas esta sexta-feira pelo Governo.