Governo reconhece "situação de seca severa e extrema" em Portugal. Algarve é a região mais crítica

O Governo reconhece que a zona mais crítica é a do Algarve, mas "estão já a ser implementadas diversas medidas".

O Governo assinou um despacho na quarta-feira onde reconhece que Portugal está em seca severa e extrema, e promete medidas para mitigar a situação no país. No Parlamento, a oposição criticou a "demora" na assinatura do documento, "dois meses depois" da falta de chuva.

O Parlamento debate esta quinta-feira a seca no país, com o ministro do Ambiente e a ministra da Agricultura. No início do debate, Maria do Céu Antunes reconheceu que a zona mais crítica é a do Algarve, e o Governo já está a desenvolver medidas para acautelar a situação.

"Assinei ontem o despacho onde reconhecemos uma situação de seca severa e extrema, que vai permitir operacionalizar medidas mitigadoras do efeito da seca, e acionar um conjunto de regulações aos compromissos assumidos pelos agricultores", explicou.

Questionada pelos deputados sobre apoios concretos aos trabalhadores, Maria do Céu Antunes admitiu que "gostava de trazer uma apoio pecuniário, de cheque na mão, para os agricultores mais afetados". A ministra explicou que "depende da Comissão Europeia", mas espera que "na segunda-feira tenha condições para o fazer".

Por outro lado, o plano de eficiência hídrica já está a ser implementado no Algarve, assim como outras medidas, com o auxílio do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

"No que toca a agricultura, estão a ser investidos cerca de 17 milhões de euros, no âmbito do PRR, ao que acresce um milhão de euros do programa de desenvolvimento rural, afirmou Maria do Céu Antunes, destacando a recuperação do furo de Tavira e a construção do adutor do Funcho.

Já o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, admitiu que a seca veio para ficar, aconselhando a população a adaptar-se, "e a poupar água".

"Temos de nos adaptar às alterações climáticas. O que significa vivermos com menos chuva e menos água nas barragens. Temos de ser cada vez mais parcimoniosos no uso da água", alertou.

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