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Depois dos alertas dos produtores e do governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, o primeiro-ministro admite que "há sempre riscos" de o IVA Zero em 44 produtos do cabaz alimentar ser absorvido pelo aumento dos preços.
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António Costa confia, no entanto, "na boa-fé" dos que assinaram o acordo para a redução do IVA, que terá um custo de 400 milhões de euros aos cofres do Estado.
"Se esse risco existe? Claro que existe", afirmou, em entrevista à SIC, insistindo que "há sempre riscos".
"Acredito que estamos todos de boa-fé e não posso estar sempre num juízo de suspeição", acrescentou.
Na entrevista à SIC, o primeiro-ministro admitiu que, nesta altura, "os portugueses não podem estar satisfeitos" com o aumento do custo de vida e a crise na habitação. António Costa relativiza as sondagens, que dão o PSD a aproximar-se do PS, e considera "normal" a contestação social.
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"Como é que quer, neste contexto, que as pessoas estejam satisfeitas com o Governo? Não podem estar satisfeitas. Se for ver as sondagens no pico da pandemia, onde tivemos de tomar decisões horríveis e obrigar as pessoas a ficarem em casa, houve momento de muita impopularidade e insatisfação", disse.
António Costa sublinha que "governar é isso", nos momentos bons e maus, e não apenas "para os aplausos": "Quem governa tem os dias bons e os dias maus e, seguramente, os erros que comete".