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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou esta quarta-feira que foi "uma acertada decisão" substituí-lo na campanha eleitoral por João Ferreira, João Oliveira e Bernardino Soares, acrescentando que "valeu a pena a experiência".
Questionado pelos jornalistas sobre o desempenho dos substitutos durante grande parte da campanha eleitoral, Jerónimo de Sousa disse que "foi uma acertada decisão da direção do partido meter esses dois camaradas, três [Bernardino Soares], a assumirem a tarefa de conduzirem" a 'volta' da CDU.
"Temos um conjunto de quadros que são de uma grande categoria. É uma grande categoria, que se mostrou em plena campanha. Valeu a pena a experiência", completou.

Jerónimo de Sousa na Baixa da Banheira
© TSF
O secretário-geral comunista ainda considerou que o secretário-geral do PS "caiu um pouco na realidade" e percebeu que o objetivo da maioria absoluta "estava longínquo", acrescentando que cabe agora ao PCP demonstrar-lhe que essa meta era "uma inutilidade".
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António Costa deixou 'cair' o discurso de apelo à maioria absoluta nos últimos dias e admitiu entendimentos com quase todos os partidos. Questionado pelos jornalistas sobre esta alteração de discurso, Jerónimo de Sousa respondeu que o também primeiro-ministro "caiu um pouco na realidade".
Ouça a reportagem de Maria Augusta Casaca sobre o regresso de Jerónimo de Sousa
"Acho que António Costa percebeu que esse objetivo estava um pouco longínquo e, esta é que é a nota de preocupação, teve logo tendência para conversa de promessas e de trocas de apoios que não vão resolver o problema, antes pelo contrário", sustentou.
"Cabe-nos agora a nós mostrar a inutilidade desse objetivo [a maioria absoluta]", completou o secretário-geral do PCP, que esteve afastado da campanha para as eleições legislativas enquanto recuperava de uma operação de urgência à carótida interna esquerda, a que foi submetido há duas semanas.