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Salvador Malheiro, vice-presidente do PSD, admitiu que o 39.º Congresso do PSD será um palco eleitoral importante e uma "rampa de lançamento" para a campanha nacional do partido, já que tem a "particularidade" de ocorrer a praticamente 40 dias das eleições legislativas. Entrevistado pela TSF, no programa Bloco Central, o autarca também disse não perspetivar uma grande guerrilha interna neste congresso, já que Rui Rio surgirá com uma legitimidade elevada, após umas diretas que lhe foram "extremamente favoráveis" dentro do partido, mas também junto dos portugueses.
Apesar da multiplicação de listas ao Conselho Nacional do PSD, ocorrida nas últimas horas, Salvador Malheiro afasta que as alternativas possam fazer mossa, já que o presidente do partido "ganhou as eleições de forma inequívoca" e é "natural que tenha mais de 50% dos delegados neste congresso". Quanto a Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz, que apoiavam Paulo Rangel e integram listas que não a proposta por Rio, Salvador Malheiro diz haver um "grande sentido de responsabilidade", que permitirá que "as suas intervenções" sejam para mostrar disponibilidade e apoio ao líder para as eleições nacionais. "Conhecendo os quadros do PSD e esses nomes que foram falados, desde Luís Montenegro a Pinto Luz e Paulo Rangel, e sobretudo reconhecendo neles um enorme sentido de responsabilidade, tenho a certeza absoluta de que, nas próximas horas, designadamente amanhã, durante a parte da tarde, as suas intervenções serão naturalmente para mostrar a sua disponibilidade para ajudar o líder nessa batalha que aí vem."
Considerando que o Conselho Nacional é uma espécie de parlamento do partido, pelo que costuma ter sempre várias listas, o grande apoiante de Rio Rio analisa que algumas figuras poderão tentar posicionar-se "numa espécie de segunda divisão e de reserva".

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"É natural que também surja uma lista mais afeta ao Luís Montenegro, outra mais afeta a Miguel Pinto Luz, eventualmente a Rangel, e percebe-se que é no sentido de eles se poderem posicionar, de tentar medir forças - eu diria quase - numa segunda divisão, numa espécie de reserva", salienta o apoiante de Rui Rio, que acredita que o momento de qualquer um destes sociais-democratas ainda não está para breve.
"Rui Rio tem neste momento todas as condições para vencer e para se manter à frente por muitos anos", rebateu, no entanto, Salvador Malheiro, que interpreta que o presidente do PSD já demonstrou a forma desapegada com que está no poder e sente a liderança como uma missão, por isso, saberá sempre ler os resultados com consequências políticas. "Muitos anteciparam as derrotas de Rui Rio, e Rio ganhou sempre contra tudo e contra todos. Devíamos começar a habituar-nos às suas vitórias. Não temos de estar sempre à espera das suas derrotas."
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