Mais de 13 mil pessoas em confinamento e em lares votam entre esta terça e quarta-feira

Inscreveram-se 397 cidadãos na modalidade de voto antecipado em confinamento e 12.721 cidadãos internados em estruturas residenciais para idosos. A TSF acompanhou o arranque da recolha de votos na Casa de Repouso da Confraria do Bom Jesus dos Mareantes, em Caminha, onde votaram quatro eleitores.

Os votos dos mais de 13 mil idosos em lares e pessoas em confinamento devido à Covid-19 que pediram para votar antecipadamente nas legislativas começam nesta terça-feira a ser recolhidos, num processo de dois dias por todo o país.

No total, são 13.118 eleitores, entre idosos em lares e pessoas em confinamento obrigatório por estarem infetadas com o SARS-CoV-2, que vão poder votar sem sair à rua entre esta terça e quarta-feira.

De acordo com os dados finais da administração eleitoral da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna inscreveram-se 397 cidadãos na modalidade de voto antecipado em confinamento e 12.721 cidadãos internados em estruturas residenciais para idosos.

O processo não é novidade e foi há um ano que as autarquias se organizaram pela primeira vez para ir recolher aos lares e ao domicílio dos eleitores em confinamento os boletins com a escolha para Presidente da República.

Como já aconteceu nas anteriores eleições presidenciais e autárquicas, durante os dois dias reservados ao processo equipas das câmaras municipais, acompanhadas por representantes dos partidos, vão porta a porta recolher os votos.

Depois de preenchidos, os boletins serão guardados em dois envelopes - primeiro num envelope branco que é depois colocado num outro envelope azul - e devolvidos ao presidente da câmara ou a quem o substitua.

Numa nota enviada na segunda-feira, o Ministério da Administração Interna apela a todos os eleitores para "o rigoroso cumprimento das normas de segurança sanitária durante o exercício de voto, garantindo a segurança do processo", nomeadamente utilização de caneta própria, máscara, distanciamento social e higienização das mãos.

A inscrição para o voto antecipado em confinamento ou em lares só foi possível entre os dias 20 e 23, mas os eleitores que não o fizeram e estejam a cumprir isolamento no dia das eleições, a 30 de janeiro, podem excecionalmente votar presencialmente nesse dia, depois de o Governo ter pedido um parecer ao conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República.

O Governo recomendou aos eleitores nessa situação que vão votar num período específico, entre as 18h00 e as 19h00, aconselhando os restantes cidadãos a fazê-lo entre as 08h00 e as 18h00.

Na semana passada, em conferência de imprensa, o secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna apontou, por outro lado, que este modelo de votação antecipada "praticamente vai deixar de ter aplicação" depois da Direção-Geral da Saúde ter reduzido o período de confinamento para sete dias.

Segundo Antero Luís, esta lei fica praticamente reduzida aos utentes de lares de idosos, que representam, de facto, a maioria dos 13.118 pedidos.

Nas duas outras eleições realizadas durante a pandemia não foi dada essa possibilidade, mas já tinha sido possível o voto antecipado em confinamento: Nas presidenciais inscreveram-se 12.906 cidadãos, 4952 dos quais estavam internados em lares de idosos, e nas autárquicas, inscreveram-se 7507 eleitores, 437 em confinamento devido à Covid-19 e 7070 em lares de idosos.

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