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Jerónimo de Sousa volta a insistir que o Governo tem de avançar com as medidas do Orçamento do Estado para responder à crise, e apoiar os portugueses. O secretário-geral do PCP reforça que o Governo tem de se concentrar nos problemas atuais, e nem quer ouvir falar em Orçamento para 2022.
O líder comunista recusa pressões para negociar novas medidas, porque "mais do que cíclicas pressões e dramatizações, o que se impõe é a concretização do Orçamento que o Governo tem à sua disposição".
"O que se impõe é que não deixe sem resposta problemas económicos e sociais que diariamente afligem a vida de milhões de trabalhadores, jovens e reformados", refere.

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"O PS em muitas matérias não se quis chegar à frente. Podíamos ficar apenas pela posição contra, mas estão de acordo que com estas medidas, mesmo que insuficientes, são importantes para quem menos tem. O PCP fez bem em lutar até ao fim para que as medidas entrassem em vigor", reforça.
E sobre a TAP, depois de o Tribunal Europeu ter anulado a ajuda do Estado à companhia aérea, Jerónimo de Sousa acusa a Europa de querer salvar apenas as companhias privadas.
"O que nos afasta do Governo é o processo de reestruturação. Há quem ache que Portugal só deveria apoiar a salvação da Lufthansa, da Ryanair, das multinacionais e deveria deixar cair a companhia nacional de bandeira. No fundo, acham que o Estado existe apenas para cobrir as dívidas dos privados e que o patriotismo é um pin na lapela e não uma atuação firme em defesa da soberania nacional."
O líder do PCP voltou a criticar o plano de reestruturação da TAP, "tudo opções erradas que o PCP não acompanha", prometendo combater "esse caminho de submissão", exigindo a resposta que se impõe aos problemas nacionais, incluindo uma transportadora aérea "pública com capacidade" e à medida das "necessidades nacionais".
Os avisos de Jerónimo de Sousa foram lançados na apresentação da recandidatura de Bernardino Soares, que concorre a um terceiro mandato à Câmara de Loures.

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