Marcelo admite não exigir acordos se ninguém conseguir maioria nas eleições de janeiro

Presidente da República defende que o sucedido em 2015 com Cavaco Silva foi fruto de uma "situação específica" e não pode ser visto com uma "prática" em Portugal.

O Presidente da República deu esta sexta-feira a entender que não vai repetir a receita de 2015, utilizada pelo então chefe de Estado Cavaco Silva, de exigir acordos escritos para garantir uma solução alternativa se nenhum partido sair das eleições legislativas com maioria parlamentar.

À margem do 32.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, em Albufeira, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que "não se pode dizer que uma situação específica corresponde à prática na democracia portuguesa", referindo-se ao sucedido após as legislativas de 2015.

Na análise aos acordos de então, o Presidente da República realçou que estes "não previam a obrigação de voto dos Orçamentos", mas sim a "obrigação de negociar Orçamentos", pelo que "não se pode dizer que haja uma prática ou uma tradição que aponta para o que quer que seja".

Marcelo notou ainda que ter havido Governos, "alguns que duraram muito tempo", como os que foram liderados por António Guterres e "duraram uma legislatura", sem acordo escrito.

Com as eleições legislativas já marcadas para 30 de janeiro, o chefe de Estado assinalou que não deve interferir-se "no que é a livre vontade dos portugueses", que estão ainda a ponderar e "irão votar livremente. Vamos esperar pelo exercício da sua liberdade de voto".

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