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O Presidente da República regressou esta terça-feira ao Palácio de Belém, quase sem afetos populares, devido às restrições da pandemia de Covid-19 num Portugal em estado de emergência, cinco anos depois, para um segundo mandato "de esperança".
Marcelo Rebelo de Sousa desejara no Parlamento "que os próximos cinco anos possam ser mais razão de esperança do que de desilusão (...), um ano decorrido sobre tanto luto, tanto sacrifício, tanta solidão" e rejeitou o "mito do português puro", desejando "convergência no regime e alternativa de governação", além de "estabilidade sem pântano".
Já reempossado, o chefe de Estado entrou na viatura oficial, uma berlina cinzenta topo de gama de marca alemã com o padrão oficial verde da Presidência da República, rumo ao Mosteiro dos Jerónimos, com escolta de honra motorizada pela Unidade de Segurança e onde o esperavam Honras de Estado, a cavalo, também da Guarda Nacional Republicana (GNR).
Pelas 12h08, os túmulos do poeta Luís de Camões e do navegador Vasco da Gama receberam coroas de flores por parte do constitucionalista e ex-comentador político, de 72 anos, que ajeitou as fitas simbolicamente, seguindo-se uma "Homenagem aos Mortos em Defesa da Pátria", cumprindo-se um minuto de silêncio.
"Uma pátria são, acima de tudo, as pessoas e nela cada pessoa conta, diversa, diferente, irrepetível", dissera ainda no hemiciclo do Palácio de São Bento.
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Escassos oito minutos depois, Rebelo de Sousa voltava à viatura oficial e, desta feita escoltado pela cavalaria da GNR, dirigiu-se à praça Afonso de Albuquerque, em frente ao Palácio de Belém, com o último troço efetuado a pé, na companhia do novo chefe da Casa Militar, vice-almirante Luís Luís Sousa Pereira, ouvindo-se algumas salvas de palmas de populares.

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