- Comentar
O chefe do Estado-Maior da Armada, Henrique Gouveia e Melo, nega ter dado um raspanete público aos militares do NRP Mondego que recusaram embarcar para uma missão. Em entrevista à SIC Notícias, garante apenas que falou "à guarnição toda" e "com emoção".
Relacionados
"Não visito o navio nem vou andar nas cercanias." Marcelo realça confiar em Gouveia e Melo
Advogado dos 13 militares da Marinha lamenta falta de imparcialidade de Gouveia e Melo
Militares deveriam ter comunicado com chefe da Armada? Advogado fala em "infração disciplinar"
"Esse ato de indisciplina foi de conhecimento público e só pode ter saído através dos próprios do navio", defendeu o almirante, que assume estar a fazer uma "presunção".
Tornado público esse ato, "que é em si muito grave e a partir do momento em que é cometido não tem retorno", o episódio "ganhou vida própria" e merecia também, entende uma "resposta pública".
Ouça as declarações de Gouveia e Melo.
Gouveia e Melo garante que não optou "por nenhuma forma de raspanete", mas sim por falar "à guarnição toda, sem individualizar nenhum subgrupo, e através deles à Marinha toda".
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
O líder da Armada defende também que os 13 militares que recusaram embarcar tinham "a possibilidade de tentar, por todos os meios", comunicar com o seu gabinete, para o informarem "antes de cometer o ato".
Esta tarde, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que mantém a confiança no chefe de Estado-Maior da Armada, Henrique Gouveia e Melo, após a missão falhada do navio Mondego na Madeira.
"Acontece que o Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas é quem nomeia as chefias militares e, portanto, um chefe militar que está em funções tem a confiança do Presidente da República, além de ter a do Governo que propõe essa nomeação", declarou.