"Não prejudicarei o PSD." Pinto Moreira disponível para abdicar de imunidade parlamentar

O deputado do PSD foi alvo de buscas domiciliárias no âmbito da Operação Vórtex.

O vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, Pinto Moreira, revelou que, durante as buscas a sua casa na terça-feira, a Polícia Judiciária levou o computador profissional e o telemóvel, mas não levou qualquer outro documento. Ainda sem saber se será constituído arguido, o social-democrata garante que não se refugiará na imunidade parlamentar.

"Sinto-me de consciência absolutamente tranquila e não me sinto, de todo, diminuído na minha capacidade. Se vier para esta Assembleia um pedido de levantamento de imunidade parlamentar, não me refugiarei, de todo, nessa imunidade. Tenho todo o interesse nisso. A minha eventual futura constituição como arguido confere-me direitos que, neste momento, não tenho. Não me foram imputados, naquele momento da busca, quaisquer ilícitos. Em momento algum prejudicarei o meu partido ou o presidente do meu partido ou do grupo parlamentar. São pessoas absolutamente estranhas a este processo", assegurou Pinto Moreira.

Questionado sobre se se demitirá do cargo como vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, o social-democrata afirma que tirará "as devidas ilações" e tudo fará para não prejudicar nem o partido nem o presidente.

"Já transmiti esta minha posição, de viva voz, ao presidente do partido e do grupo parlamentar. Não sinto que esteja a prejudicar, de forma alguma, a liderança do Partido Social Democrata. O presidente Luís Montenegro sabe quais são as consequências que retirarei. Todos conhecem a relação que tenho, desde há muitos anos, com Luís Montenegro. Somos da mesma terra e, mesmo com essa amizade, saberei agir em conformidade", garantiu o vice-presidente do grupo parlamentar do PSD.

Para já, o pedido de levantamento da imunidade parlamentar ainda não deu entrada na Assembleia da República.

"Aguardarei serenamente por desenvolvimentos dos trâmites processuais no tempo e no modo que os órgãos de investigação criminal entenderem", acrescentou.

O deputado do PSD Joaquim Pinto Moreira foi alvo de buscas domiciliárias no âmbito da Operação Vórtex, e escusou-se esta quarta-feira a responder se pretende manter-se como vice-presidente da bancada e presidente da comissão para a revisão constitucional.

Questionado pelos jornalistas no parlamento, no final de uma reunião da Mesa e coordenadores dessa comissão eventual, Pinto Moreira remeteu todos os esclarecimentos para um comunicado que emitiu na terça-feira à tarde, mas que não aludia a estas questões políticas.

O deputado disse ainda estar disponível para o levantamento imediato da imunidade parlamentar, se tal for solicitado, dizendo não ter conhecimento se esse pedido já chegou ao parlamento, nem se foi constituído arguido.

Recomendadas

Outros Conteúdos GMG

Patrocinado

Apoio de