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Nuno Melo apresentou, este sábado, no Porto, a sua candidatura à presidência do CDS. Depois dos agradecimentos a todos os apoiantes explicou as razões que o levam a colocar-se à disposição do partido naquele que é um "dos momentos mais difíceis da sua existência".
"O partido conhece-me e, sempre que precisei, os militantes estiveram na rua a conquistar votos comigo. Se há certeza que tenho é que não consigo assistir, quedo e mudo, à perda de relevância do CDS na democracia em Portugal. O CDS tem de voltar a ser um espaço onde se quer ir, onde ser quer ficar e não se quer sair. Exatamente o oposto do que tem acontecido nos últimos tempos. É tempo de construir", esclareceu Nuno Melo.
Para o candidato à liderança do CDS, "a democraticidade interna do partido está a ser torturada" pela atual direção com a sua tentativa para antecipar o congresso, garantindo que tal apenas aumenta a sua "determinação".
"Qualquer disputa para um congresso implica lealdade, igualdade de armas, sentido de todos os valores democráticos de que não estamos disponíveis para abdicar, em nenhuma circunstância", sustentou o eurodeputado.
Afirmando perceber "agora que os prazos previstos no regimento do Conselho Nacional que vai agendar o próximo congresso tenham sido violados e todos os documentos necessários a uma decisão ponderada tenham sido guardados numa gaveta até ontem [sexta-feira]" e perceber "agora que haja quem queira antecipar um congresso" para o impedir de "percorrer o país [...], esclarecendo os militantes" acerca do seu projeto de candidatura", Nuno Melo garantiu, contudo, que "perceber não é aceitar".
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"Acontece que perceber não é aceitar. E lhes garanto que, pela forma como a democraticidade interna do partido está a ser torturada, num dos momentos mais confrangedores da sua longa existência partidária, só aumenta a nossa determinação", assegurou, acrescentando: "Passa a ser uma luta pela decência e pela legalidade. Venceremos, porque a nossa causa é justa".
Sob o mote "Tempo de construir", a sessão contou com a presença de mais de uma centena de convidados, entre os quais vários rostos conhecidos do partido, como o líder da bancada parlamentar centrista, Telmo Correia, a deputada Cecília Meireles, o antigo líder da distrital do CDS-Porto Álvaro Castello-Branco, o deputado e presidente da União de Freguesias de Cascais e Estoril, Pedro Morais Soares, e o deputado João Almeida, que há dois anos disputou a liderança do partido com o atual presidente do partido.
VEJA AQUI A APRESENTAÇÃO EM DIRETO.