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João Gonçalves Pereira avisa que o CDS vai sofrer uma "erosão eleitoral", com esta "golpada de secretaria e ato de cobardia" da direção do partido. O vogal da Comissão Política Nacional considera, na TSF, que o grande beneficiário desta crise é António Costa e não vê outra solução que não seja a realização do congresso.
"O partido que vê os seus ativos, e dos seus melhores ativos, a sair tem seguramente um impacto naquilo que são os eleitores a desaparecer. Isso vai provocar uma erosão eleitoral do CDS, que advém de uma responsabilidade, eu diria até uma inteira responsabilidade, do presidente do partido e do presidente do Conselho Nacional." João Gonçalves Pereira acusa Francisco Rodrigues dos Santos e Filipe Anacoreta Correia de provocarem "uma crise interna, para fugir a um congresso, para fugir a uma ida a votos, para fugir a ouvir os militantes", e considera ser "muito triste ver esta golpada de secretaria e este ato de cobardia que, aos olhos dos eleitores, vai ser penalizado".
Ouça as acusações de João Gonçalves Pereira.
O centrista alerta que tanto o impasse no PSD quanto o que se denota no CDS favorecem o Partido Socialista. "O beneficiário líquido desta mesma crise, provocada à direita, é o doutor António Costa. Nós já assistimos àquilo que foram estes últimos anos da liderança, quer de Rui Rio, quer de Francisco Rodrigues dos Santos, e que eles funcionaram como um seguro de vida do próprio António Costa."
Para o líder da distrital de Lisboa, o problema mais relevante não é cair este Governo, "o problema maior é não termos alternativa a António Costa".
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Por isso, o antigo deputado do CDS e líder da distrital de Lisboa apela à sensatez: "Espero que impere o bom senso e que tenhamos um congresso onde os militantes possam falar, possam participar, e não este ato de cobardia num golpe de secretaria que é feio, que não é bonito para quem defende a democracia."

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