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Ricardo Sá Fernandes admite que a polémica com Joacine Katar Moreira ainda pesa sobre o Livre, mas defende que é o partido que está em melhores condições para crescer à esquerda, "num espaço pelo meio da esquerda". O advogado salienta o papel de Rui Tavares, mas pede que seja dado protagonismo "a outras caras".
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Em entrevista à TSF, no congresso do Livre, que decorre em Coimbra, o advogado que criticou a forma como Joacine Katar Moreira deixou o partido, pede "respeito e tolerância" pela antiga deputada. Questionado sobre a polémica que levou os analistas a sentenciarem "o fim do partido", Ricardo Sá Fernandes reconhece que o episódio ainda não está esquecido, "mas o partido tem sabido ultrapassar".
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"O que aconteceu com a Joacine ainda tem peso sobre o partido, mas acho que têm sabido ultrapassar a questão. Têm que olhar para a Joacine como uma parte da história, porque tanto a Joacine como o Livre têm futuro. Se queremos ser da esquerda, temos de praticar um grande princípio: o da tolerância", descreve.
Ricardo Sá Fernandes, que apoia a lista A, de Rui Tavares, entende que o aparecimento de uma lista opositora "faz parte do crescimento do partido". Ainda assim, pede que seja dado protagonista a outros elementos, além de Rui Tavares, que foi eleito deputado e é vereador na câmara de Lisboa.
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"Quando se começar a sentir que há outras pessoas e outras vozes que a comunidade tem interesse em ouvir, vão ser ouvidas. O Rui Tavares é um valor, mas o partido está cheio de valores: na lista A e na lista B", atira.
Ricardo Sá Fernandes é candidato pela lista A ao conselho de jurisdição, tribunal do partido, e reconhece que, "finalmente, o Livre está num bom trilho, e à esquerda é o que tem mais condições para crescer".
"Existe um espaço, pelo meio da esquerda, como o Livre gosta de dizer. Nesse espaço, o partido que tem mais condições para crescer é o Livre", defende.
O advogado chegou a admitir, no início de 2020, que o Livre "estava numa encruzilhada", e que ponderou abandonar o partido durante a polémica que levou à saída de Joacine Katar Moreira, e à consequente perda de representação parlamentar na Assembleia da República.

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