Orçamento do Estado. BE e Governo "não chegam a acordo", mas vão marcar nova reunião

O BE admite, no entanto, que existem aproximações na saúde. Já o Governo fala em avanços também no trabalho.

A reunião entre o Bloco de Esquerda (BE) e o Governo chegou ao fim sem acordo para a viabilização do Orçamento do Estado, mas ficou prevista uma nova ronda negocial. O BE acusa o Governo de "não levar qualquer proposta" para a segurança social, mas admite avanços na saúde.

Quanto às propostas do BE em matéria de trabalho, fonte do partido explica à TSF que o Governo "recusa a reversão de qualquer das cinco regras, ficando por medidas simbólicas que não concretizou por escrito".

"Na saúde, aguardamos novas redações com eventuais aproximações do Governo", admite o partido à TSF.

O BE e o Governo vão voltar a reunir-se, numa reunião com a presença de António Costa, quando faltam oito dias para a votação do Orçamento na generalidade, na Assembleia da República.

Para quarta-feira, o Governo tem uma nova ronda negocial com o PEV e o PAN, para tentar chegar a consensos com os cinco deputados dos partidos, que em 2020 viabilizaram o documento.

Os bloquistas fizeram chegar nove propostas a São Bento para viabilizar o Orçamento. São três as áreas nas quais o partido tem medidas: Serviço Nacional de Saúde, Segurança Social e Código do Trabalho. Das nove propostas, cinco são alterações ao Código do Trabalho, que não entram diretamente nas contas do Orçamento.

O partido deixou ainda uma mensagem ao Governo, falando em "escolhas que precipitam tensões políticas": "A vida provou que a primeira escolha precipita tensões políticas, mas a hoje consensual mudança de atitude sobre a segunda opção também demonstra que é essencial avaliar questões estruturantes da política de rendimentos e das relações laborais".

Governo fala em avanços e "vai continuar a trabalhar"

Na resposta à informação divulgada pelo BE, o Governo fala em avanços e lembra que "há novas reuniões previstas" para discutir o documento.

"O Governo apresentou avanços em vários domínios, designadamente nas áreas do trabalho e da saúde. Há pontos em que subsistem divergências já conhecidas. Vamos continuar a trabalhar. Há novas reuniões previstas", declarou fonte do executivo à agência Lusa.

A votação na generalidade do Orçamento está agendada para 27 de outubro, com a discussão na Assembleia da República a 26 e 27 do mesmo mês.

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