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O Bloco de Esquerda quer esclarecimentos do Governo acerca da escolha de Vítor Fernandes para liderar o Banco de Fomento. Ao antigo administrador do Novo Banco tem sido apontado um alegado favorecimento de Luís Filipe Vieira na dívida de 54 milhões de euros da Imosteps.
Vítor Fernandes está sob suspeita do Ministério Público de ter sido a 'toupeira' no Novo Banco que ajudou o dirigente benfiquista em alegadas operações financeiras fraudulentas. Catarina Martins, coordenadora do Bloco, considera por isso inaceitável a nomeação de Vítor Fernandes. "Estava na administração do Novo Banco quando Luís Filipe Vieira recomprou dívida que era sua - de mais de 50 milhões - por apenas nove milhões de euros, num negócio tão mal explicado que agora uma das medidas a que Luís Filipe Vieira está sujeito é precisamente a não poder estar em contacto com Vítor Fernandes", argumentou.
Ouça as declarações de Catarina Martins.
Para a líder bloquista, esta nomeação é o mesmo que dizer que "o Governo decidiu entregar o mecanismo que tem para a recuperação da economia e do emprego a alguém que está ligado aos escândalos bancários sucessivos que temos vivido nos últimos anos".
"Quando Vítor Fernandes foi escolhido pelo Governo, todo este currículo já era conhecido, e, portanto, não se trata de casos e 'casinhos' quando dizemos que uma nomeação como a de Vítor Fernandes para o Banco do Fomento é inaceitável", sustentou ainda Catarina Martins.
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O Banco de Portugal já fez saber que está a rever a idoneidade de Vítor Fernandes, à luz agora do que veio agora a público na Operação Cartão Vermelho, que resultou até ao momento em quatro arguidos: Luís Filipe Vieira, o empresário José António dos Santos, Bruno Macedo e Tiago Vieira, filho de Vieira.