País não precisa de "maiorias absolutas com PAN" nem de "navegação à vista"

Catarina Martins defende que "o país não precisa nem de maiorias absolutas, nem de maiorias absolutas com o PAN, e muito menos navegação à vista".

A coordenadora do BE, Catarina Martins, defendeu neste domingo que as "várias declinações" da maioria absoluta pedida pelo PS, incluindo com o PAN, não são solução para Portugal, rejeitando uma "navegação à vista" e pedindo "um novo ciclo mais exigente".

O BE escolheu a barragem de Miranda do Douro, distrito de Bragança, para o arranque oficial da campanha eleitoral para as legislativas de 30 de janeiro, focando-se num tema caro ao partido no último ano: os 110 milhões de euros que a EDP não pagou de imposto de selo pela venda de seis barragens e que estavam previstos para o desenvolvimento desta região.

"O país não precisa nem de maiorias absolutas, nem de maiorias absolutas com o PAN, e muito menos navegação à vista. O que o país precisa é de um contrato para o país que salve o SNS, que respeite quem trabalha, que combata as desigualdades", respondeu aos jornalistas quando questionada sobre a possibilidade adiantada pelo primeiro-ministro, António Costa, de governar como António Guterres.

Interrogada sobre se a estratégia desta campanha vai ser marcar as diferenças com o PS, a líder do BE começou por reiterar que a "direita não terá espaço" com o BE já que não aceita "a destruição do estado social, dos serviços públicos, o combate contra os direitos do trabalho e os salários baixos".

"Mas também sabemos que uma maioria absoluta do PS ou uma maioria absoluta com PAN, as várias declinações que o PS tem essa pedido essa maioria absoluta não será a solução para o país. Precisamos de um novo ciclo mais exigente", defendeu.

Em Portugal, em que "quem trabalha tem sido tão esforçado, tem tido a vida tão difícil e continua a existir uma economia de privilégio".

"A venda das barragens da EDP, sem pagar imposto de selo ao povo aqui da Terra de Miranda a quem o imposto de selo estava prometido é um exemplo dessa economia de privilégio que combatemos para que possamos ter um país mais justo, com mais horizonte de futuro porque sim, nós gostamos de Portugal, queremos aqui viver e toda a gente deve poder aqui viver, de cabeça erguida, em todo o país", afirmou.

LEIA AQUI TUDO SOBRE AS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS

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