PCP pede ao Governo medidas para que ninguém fique impedido de votar

Jerónimo de Sousa defende que as possíveis ações não podem ser tomadas "em cima do dia 30 de janeiro".

O secretário-geral do PCP apelou esta segunda-feira ao Governo para criar atempadamente as condições necessárias para que nenhum eleitor esteja impedido de votar nas próximas legislativas em função da pandemia da Covid-19 por estar a cumprir isolamento.

"Em nenhuma circunstância pode ser recusado o direito de voto por parte de qualquer cidadão português", começou por sublinhar Jerónimo de Sousa, em declarações aos jornalistas, à saída de uma reunião com associações de militares.

Questionado sobre a possibilidade de milhares de cidadãos não poderem votar nas eleições legislativas por estarem infetados com o SARS-CoV-2 ou a cumprir isolamento profilático, como aconteceu há um ano nas presidenciais, o líder do PCP disse que o Governo deveria assegurar as condições necessárias para que tal não se repita.

"A serem tomadas medidas, não é em cima do dia 30 de janeiro. É antes, com o Governo a procurar dar contribuição para ultrapassar o problema", acrescentou, reiterando que o executivo deve "fazer tudo o que é possível dentro do quadro da legalidade democrática para que todos possam exercer o direito de voto".

Sobre a situação pandémica, Jerónimo de Sousa comentou ainda a garantia dada hoje pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Lacerda Sales, de que as aulas serão retomadas a 10 de janeiro.

"Acho que a esmagadora maioria dos pais deseja ver as escolas abertas para que o ano não fique comprometido", disse o secretário-geral do PCP, que avaliou como positivo o regresso às aulas no tempo previsto, mas apenas "se forem criadas as condições sanitárias para isso".

O líder comunista esteve hoje reunido com a Associação Nacional de Sargentos, a Associação de Oficiais das Forças Armadas e a Associação de Praças, um encontro solicitado pelo partido a propósito das eleições de dia 30.

À saída da reunião, Jerónimo de Sousa assumiu o compromisso de "continuar o caminho" para tentar responder aos principais problemas sentidos pelas três associações profissionais, designadamente no que respeita a vencimentos, proteção na saúde e evolução das carreiras.

Da parte dos militares, o sargento-mor da Força Aérea e presidente da Associação Nacional de Sargentos, Lima Coelho, destacou dificuldades relacionadas com o recrutamento e retenção de profissionais em função do regime remuneratório e a dificuldade de desempenhar as missões devido à falta de efetivos.

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