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O primeiro-ministro, António Costa, questionado sobre o alegado roubo de documentos enviados pela NATO a Portugal, sublinha que "sempre que existe uma suspeita de intrusão, a situação é cuidadosamente analisada", sem confirmar ou negar se os ficheiros alegadamente acedidos de forma indevida estão à venda na dark web.
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O gabinete do chefe do Governo, citado pela AFP, não confirma nem desmente o roubo de documentos ao Estado-Maior das Forças Armadas portuguesas e aos serviços de inteligência militar.
"O Ministério da Defesa Nacional e as Forças Armadas trabalham diariamente, para que a credibilidade de Portugal como membro fundador da Aliança Atlântica permaneça intacta", explica-se na mesma nota.

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O Diário de Notícias (DN) revela esta quinta-feira que um ciberataque "sem precedentes", perpetrado em agosto, permitiu aos autores colocar à venda na dark web "centenas de documentos enviados pela NATO a Portugal, classificados como Secretos e Confidenciais".
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O sucedido - "um ciberataque prolongado no tempo e indetetável, através de bots programados para detetar este tipo de documentos, que depois iam sendo retirados em várias fases", conta uma das fontes do DN - foi detetado pelos Serviços de Informações dos EUA, tendo o caso sido comunicado diretamente a António Costa, em agosto.
Contactado pela TSF, o presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT), Jorge Bacelar Gouveia considera que o caso é muito preocupante, em especial devido ao conflito em curso entre a Rússia e a Ucrânia.
A Aliança Atlântica já exigiu explicações ao Governo português e, na próxima semana, o secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa e o diretor do gabinete de segurança nacional vão a Bruxelas para uma reunião na sede da NATO.
O DN escreve que o gabinete do primeiro-ministro assumiu a gestão deste dossier, com o acompanhamento de várias entidades ligadas à segurança, como os Serviços de Informações Estratégicas de Defesa e de Segurança.
*notícia atualizada às 15h23