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Não há tempo a perder, e nada a opor no que a nomeação de Gouveia e Melo para chefe de Estado Maior da Armada. Para o PSD, esta substituição ocorre no momento certo.
A TSF adiantou na terça-feira que o ex-coordenador da task-force para a vacinação contra a Covid-19 vai suceder ao almirante Mendes Calado, numa cerimónia que deverá acontecer já na quinta-feira. Na opinião de Ângelo Correia, que coordena a área de Defesa no Conselho Estratégico Nacional do PSD, o Governo tem toda a legitimidade para avançar com o processo, até porque a situação interna naquela força militar assim o exige. "O ministro da Defesa nacional percebeu algo que já se verificava há algum tempo - e não é apenas o ministro da Defesa nacional, é o país -, percebeu que a Armada portuguesa não estava a ser de uma eficácia que correspondesse aos padrões e às normas que se pretendia", comenta o antigo ministro.

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"A nomeação de um novo chefe de Estado-Maior da Armada foi requerida, foi considerada, e é justificável", analisa ainda Ângelo Correia, que questiona: "Vale a pena esperar pelo próximo Governo?"
O antigo governante responde, de imediato: "Penso que não há vantagens, porque é consensual no espetro político português que essa nomeação é normal, é correta e beneficia a Armada. Estar à espera de um próximo Governo para eventualmente repetir aquilo que hoje em dia é considerado necessário e justificado é atrasar um problema que prejudicaria a Armada, as Forças Armadas e o prestígio de Portugal."
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Ouça as declarações de Ângelo Correia.
O presidente da Associação dos Oficiais das Forças Armadas revelou esta quarta-feira que estranha que a nomeação de Gouveia e Melo na chefia do Estado-Maior da Armada ocorra neste momento, e, apesar de enaltecer algumas qualidades do vice-almirante, também criticou a mudança de posição quanto às possíveis pretensões políticas.

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