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O Presidente da República sublinha que não é aceitável que se assista, "sem reação, à queda de órgãos de comunicação social relevantes para a democracia". Marcelo Rebelo de Sousa deixou uma mensagem gravada para comemorar o 157º aniversário do Diário de Notícias (DN), e lamentou os crónicos problemas financeiros dos media.
No final da tertúlia dos 157 anos do DN, que contou com discursos do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, do antigo coordenador do plano de vacinação, Henrique Gouveia e Melo, e do ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, os ecrãs passaram uma mensagem do Presidente da República que lembrou o papel da comunicação social para a democracia em Portugal.
"Confesso que não foi só o cidadão, foi também o Presidente da República, que ficou estupefacto com a hipótese de desaparecer o DN. Desaparecer o DN era desaparecer não apenas uma parte fundamental da história e da luta pela liberdade de imprensa em Portugal, como, sobretudo, uma parte fundamental da construção do futuro e liberdade de imprensa do nosso país", disse.
Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que "aceitarmos como irrelevante o desaparecimento dos grande meios de comunicação social, é aceitarmos o empobrecimento, sem reação e como que inevitável, da democracia do nosso país".
"Não pode ser", concluiu.
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Além de professor universitário e de comentador político, Marcelo Rebelo de Sousa foi também jornalista, no Expresso e no Semanário, que ajudou a fundar.
O chefe de Estado "foi hoje [quarta-feira] operado, com sucesso, a duas hérnias inguinais, no Hospital Forças Armadas, no Lumiar, em Lisboa". Marcelo deverá ter alta 24 horas depois da cirurgia, que foi feita "por técnica videocirúrgica totalmente extra peritoneal".
"O ato cirúrgico decorreu sem quaisquer complicações e com total estabilidade", lê-se numa nota do médico do Presidente da República.