Regresso às aulas. Ministro da Educação admite que "não será um ano normal"

Tiago Brandão Rodrigues visitou escola no Bairro do Cerco, no Porto, neste início de ano letivo.

Com o prazo para o início do ano letivo nas escolas públicas a começar esta terça-feira e a terminar na sexta, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, visitou esta manhã uma escola no Bairro do Cerco, no Porto, e admitiu aos jornalistas que este regresso às aulas, ainda com a pandemia de Covid-19 a afetar o país, não será normal.

"Este ano não será necessariamente um ano normal, principalmente porque é um ano que se segue a dois anos de muitos constrangimentos. Ainda estamos numa situação pandémica, no entanto as escolas têm sabido entender cada momento de forma importante. Temos de dar condições às escolas para que elas possam responder às necessidades de cada uma das crianças", explicou Tiago Brandão Rodrigues.

O ministro garantiu que, este ano, as escolas têm mais meios e técnicos especializados, mas entende que os diretores ainda não estejam satisfeitos.

"Os diretores, assim como as organizações que representam os trabalhadores, querem sempre mais. O Ministério da Educação está sempre muito atento às vicissitudes das escolas", afirmou o ministro.

Falando também do caso particular do Bairro do Cerco, em que existem níveis elevados de insucesso e abandono escolar, o responsável pela pasta de Educação refere que o ensino profissional pode ser uma das soluções para esse problema.

"Só com o ensino profissional de qualidade é que podemos verdadeiramente dar o salto. Muitos dos alunos que vão para o ensino profissional poderiam ser candidatos ao abandono escolar e precisamos que entendam que podem ir trabalhar ou para o ensino superior. Ninguém melhor do que as nossas escolas e professores para darem respostas diferenciadas e construir protocolos para melhor responder às necessidades dos alunos", acrescentou Tiago Brandão Rodrigues.

O ano letivo arranca esta semana para cerca de 1,2 milhões de alunos do 1.º ao 12.º anos de escolaridade, num ano em que começa também o plano para recuperar as aprendizagens perdidas durante os confinamentos forçados pela pandemia de Covid-19.

LEIA AQUI TUDO SOBRE A PANDEMIA DE COVID-19

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