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O presidente do PSD justificou esta quarta-feira a sua recandidatura pela "obrigação" de colocar o interesse do país e do partido à frente da sua vida pessoal, manifestando-se convicto de que a maioria dos militantes "são homens e mulheres livres".
No final de uma audiência com o Comité Olímpico de Portugal, Rio foi questionado sobre as razões da sua recandidatura, anunciada na terça-feira em comunicado, dizendo que lhe é "completamente indiferente" a avaliação de quem pode estar ou não em vantagem neste momento.

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"Isto tem a ver com as convicções e com aquilo que é a minha obrigação. Tenho obrigação ou não tenho obrigação? Tenho obrigação de olhar para a minha vida pessoal e para o que acarreta um esforço pessoal desta função e da candidatura a primeiro-ministro ou colocar em primeiro lugar, não a vida pessoal, mas o país e o partido", explicou.
Na sua ponderação de fatores, o presidente do PSD chegou à conclusão de que "não era facilmente entendível pelos portugueses e pelos militantes" que dissesse "chega".
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"A maioria não entenderia e, de certa forma, exige-me, com alguma razão, que esteja disponível para esse lugar", afirmou.
Questionado sobre uma alegada vantagem do outro candidato já assumido, o eurodeputado Paulo Rangel, em termos de apoios de estruturas, Rio desvalorizou essas contas.

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"Quem vai decidir é o militante. Cada militante lá pensará e dirá gosto mais do A, gosto mais do B, gosto mais do C. Haverá alguns que não sabem e dirão 'diz-me lá em quem votas', mas a maioria são homens e mulheres livres que irão votar em função do que é melhor para o país e não em que os mandam", afirmou.
Rio não adiantou ainda onde e quando fará a apresentação da sua candidatura, deixando a entender que será no final da semana e fora de Lisboa.