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Rui Rio lamenta que a campanha esteja a baixar de nível, acusando o PS e, em particular, António Costa, de estar permanentemente a deturpar as propostas do PSD para o país. Em Évora, o líder social-democrata diz que o secretário-geral do PS, na iminência de uma derrota, devia, pelo menos, ter alguma dignidade em fim de ciclo.
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"Eu não vou deturpar nada do que ele diz, eu não vou pegar no programa do PS e não me vou pôr a dizer às pessoas aquilo que não está lá. As críticas que eu faço são àquilo que lá está verdadeiramente ou àquilo que ele diz verdadeiramente, não vou inventar. Acho que o doutor António Costa está efetivamente na iminência de perder as eleições. Acho que ele, por aquilo que fez na política ao longo de toda a sua vida, podia perdê-las com dignidade, e não ande agora aqui a amedrontar as pessoas", afirma.
Rio diz que, "na iminência de uma derrota", Costa "podia perder as eleições com dignidade"
Segundo Rui Rio, o secretário-geral do PS e primeiro-ministro tem contribuído para que a campanha para as legislativas de domingo "esteja a baixar um bocado de nível".
"Eu procurei até dar um certo tom de humor, aqui, acolá. Eu acho que é importante, temos de andar bem dispostos, não vale a pena andarmos aqui todos à pancada uns aos outros. Lutamos com ideias, mas podemos andar bem dispostos. Portanto, era a última coisa que eu queria, sinceramente, é que a campanha acabasse dessa forma", atira.
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Sondagens? "O que se pretende é animar uns e desanimar outros"
Sobre a mais recente sondagem da Aximage para a TSF, JN e DN, que dá seis décimas de vantagem ao PSD e maioria aos partidos de direita, Rui Rio mantém a distância dos estudos de opinião e prefere dar ouvidos ao que lhe vai chegando dos seus apoiantes, apontando também para uma vitória.
"Sondagens que vão saindo, há para todos os gostos, com disparidades brutais, o que retira qualquer credibilidade", considera, referindo que "quem anda nisto percebe que o que se pretende é animar uns e desanimar outros".
"Eu com sondagens nem fico animado nem fico desanimado, porque não confiro credibilidade", diz Rio. O presidente do PSD admite ficar "animado" com as "sondagens" que pode fazer "no contacto com as pessoas, aferindo a recetividade das pessoas".
Rio considera que os resultados de sondagens não são credíveis