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Luís Montenegro, entrevistado pela TSF, revela que o seu discurso no Congresso teve algumas notas que considera serem relevantes para ajudar Rui Rio na sua estratégia para as legislativas. A aproximação entre o PS e o PSD é algo que não o "admira nada", porque, diz, os portugueses e o Governo estão esgotados e cansados, pelo que agora Portugal está a virar-se à "única alternativa possível" ao PS.
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Questionado acerca da possibilidade de derrota e se isso irá novamente acicatar lutas internas, o antigo candidato à liderança social-democrata responde: "Vamos disputar para as vencer. Eu não vou naturalmente teorizar sobre isso. Não foi isso que quis transmitir com as minhas palavras." Apesar de não perspetivar, para já, que possa haver uma nova disputa interna, o antigo candidato à liderança do PSD admite: "Temos de fazer a análise do resultado, o partido terá de fazer uma reflexão depois das eleições, mesmo vencendo."
Caso os sociais-democratas não vençam, espera-se, contudo, "mais discussão", assinala o antigo líder da bancada parlamentar.
Montenegro aclara ainda que, no seu discurso, quis argumentar que há esclarecimentos que devem ser pedidos aos adversários diretos, antes mesmo das legislativas, já que "centra-se sempre em cenários [de coligações] mas nunca se pergunta ao PS questões fundamentais".
"Creio que é muito útil dar alguns contributos [a Rui Rio]", aponta Luís Montenegro, que vê nestas eleições mais uma "grande oportunidade para ganhar". Na perspetiva do social-democrata, o país ficará melhor se o PSD vencer a 30 de janeiro.
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Referindo que os sociais-democratas não vão para nenhuma eleição "derrotados à partida", o ex-líder da bancada acredita que "o cenário é hoje mais favorável a uma alternativa política".
Montenegro atira que ganhar as eleições "não é uma obrigação no sentido em que a vida vai acabar no dia 30 de janeiro, mas é uma oportunidade para não se desperdiçar", e diz-se disponível para todos os contributos nesta campanha social-democrata, o que deverá ficar ao critério de quem gere essa campanha.
O social-democrata crê que o PSD chegue às eleições mais unido, embora ainda se mantenham algumas divergências de ideias com Rui Rio.