Rui Rocha promete "transformação muito rápida" da IL, aponta aos 15% e lança manifestação

No primeiro discurso à frente do partido, aponta à liderança da oposição e desafia Montenegro a explicar o que é que seria preciso acontecer para votar a favor da moção de censura da IL ao Governo.

Rui Rocha é o senhor que se segue na liderança da Iniciativa Liberal e, no primeiro discurso como líder, prometeu uma "transformação muito rápida" do partido, confiante de que vai "chegar lá", aos 15% de votação nas próximas legislativas e lançou já um objetivo para fevereiro: levar o partido à rua contra as propostas de revisão constitucional de PS e PSD.

De sorriso estampado e já depois de muitos festejos, no palco, começou por agradecer aos membros do partido, aos adversários na corrida à liderança - Carla Castro e José Cardoso - e também ao agora ex-líder, Cotrim Figueiredo.

No plano político, o novo líder da IL comprometeu-se a "combater um país estagnado" pela governação do PS, apontou, lançando-se ao objetivo de alcançar os 15% nas próximas legislativas, em 2026.

"Vamos lá chegar e romper com o bipartidarismo", garantiu, que é "nefasto para Portugal". Com Rocha, garante, a IL vai "continuar a liderar a oposição" até porque o atual Governo "está completamente esgotado e politicamente morto".

"O Governo pode agarrar-se ao poder, mas o Governo do PS está completamente esgotado, está politicamente morto e fomos nós que o declarámos com a moção de censura", afirmou.

O presidente da IL diz que é necessário "transformar o país", já que "não se aguenta" tanta pobreza e asfixia.

A direita parlamentar também não foi esquecida, com Rui Rocha a aproveitar para dirigir-se diretamente ao líder do PSD, Luis Montenegro, a quem deixou uma pergunta: "O que é que seria preciso acontecer mais para votar favoravelmente a moção de censura da Iniciativa Liberal?"

E voltou à carga. "Quero perguntar daqui também a Luís Montenegro se nessa revisão constitucional vai estar do lado da liberdade ou do lado daqueles que querem retirar a liberdade aos portugueses", questionou, referindo-se aos projetos que "PSD e PS se preparam para cozinhar".

Como primeira grande iniciativa, deixou o desafio para que, "já em fevereiro", os liberais vão "para a rua lutar contra a revisão constitucional que vai contra os direitos dos portugueses".

Até ao final do ano, o partido vai também apresentar uma proposta de revisão ao sistema eleitoral, para que "milhares de votos não sejam deitados ao lixo". Há também propostas para habitação e transportes, para que "também aí o partido lidere a oposição".

A música escolhida para encerrar a convenção e o seu discurso foi o "People Have the Power", de Patti Smith, que serviu de embrulho aos apelos do agora líder liberal.

O deputado Rui Rocha foi hoje eleito o novo presidente da IL, tendo a moção apresentada pela sua lista à comissão executiva alcançado 51,7% dos votos.

À sucessão de João Cotrim Figueiredo apresentaram-se, pela primeira vez na história do partido, mais do que uma lista e disputaram a liderança os deputados e dirigentes Rui Rocha e Carla Castro e o conselheiro nacional José Cardoso na VII Convenção Nacional da IL, que termina hoje em Lisboa.

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