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Pedro Santana Lopes está de volta à liderança da Câmara Municipal da Figueira da Foz. As projeções indicam uma votação acima dos 40% no antigo autarca, que em declarações aos jornalistas na sede de campanha falou de uma "vitória extraordinária", em especial por acontecer sobre o autarca está em funções, Carlos Monteiro.
"Agradeço sobretudo aos figueirenses, o resto é a vida. Cair e levantar", assinalou o independente - que se candidatou pelo movimente Figueira a Primeira -, deixando ainda uma mensagem de "esperança" a todos os que sofrem e que, como ele, caíram.
"Ganhar nestas circunstâncias é uma proeza sem igual, porque, contra todas as tropelias, todas as armadilhas, todas as impugnações e contra os partidos grandes, médios e pequenos", afirmou numa primeira reação às sondagens televisivas e aos resultados preliminares.
Santana Lopes confessa que sabe hoje o que os partidos grandes "fazem aos pequenos e independentes".
"É uma sensação muito especial, 24 anos depois, voltar a ter a confiança das pessoas", celebrou também Pedro Santana Lopes, que reconhece que o projeto é ainda um "grão de areia no meio disto tudo".
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Santana Lopes, que liderou o município entre 1997 e 2001, fez contas à eleição de quatro mandatos, contra outros tantos do PS e um do PSD e acrescentou que estas eleições "provaram para muita gente a razão pela qual tomei essa opção de sair da força política em que militei durante décadas", disse, acrescentando que o movimento de independentes "está a fazer história na Figueira e a contribuir para a democracia".
Hoje sabe, "como nunca soube, o que os partidos grandes e instalados fazem aos pequenos e independentes. É muito difícil concorrer sendo independente, muito difícil", confessou, antes de dar o movimento que liderou como um exemplo do que o "sistema político precisa".

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A estas eleições autárquicas, concorreram ainda Bernardo Reis (CDU), Rui Curado Silva (BE), Pedro Machado (PSD), Miguel Mattos Chaves (CDS-PP) e Carlos Monteiro (PS), atual presidente da autarquia. O executivo municipal da Figueira da Foz é liderado pelo PS, com seis mandatos, contra três do PSD, após as eleições de 2017.
Segundo a RTP, Pedro Santana Lopes reconquistou a autarquia com 41 a 46% dos votos, conseguindo 4 a 5 mandatos.
O PS, que recandidatou o atual presidente, Carlos Monteiro, terá obtido entre 33 a 37% dos votos e 3 a 4 mandatos e o PSD 8 a 11%, podendo obter um vereador.
O candidato do PS à Câmara da Figueira da Foz e atual presidente, Carlos Monteiro, assumiu na noite de domingo a derrota nas eleições autárquicas para o executivo municipal, atribuindo-a ao "fenómeno" de Santana Lopes.
"Temos aqui um resultado em que o fenómeno de Santana Lopes existiu e o fenómeno de Carlos Monteiro não existiu", disse o candidato do PS, num discurso perante algumas dezenas de militantes ao final da noite de domingo.
"O PS ganhou 11 freguesias, o PSL [movimento Figueira a Primeira] duas e o PSD uma. É um resultado atípico que evidencia que a derrota é minha", frisou Carlos Monteiro.
Segundo a sondagem divulgada pela CMTV, na Figueira da Foz, Santana Lopes tem vantagem ligeira sobre o atual presidente socialista, Carlos Monteiro, e estão ambos no mesmo intervalo de mandatos possíveis.
A Santana Lopes, a sondagem da CMTV atribui entre 39,7% e 44,5%, o que lhe dá de 3 a 5 mandatos, e o atual presidente, Carlos Monteiro, terá obtido entre 36,1% e 40,5%, também com a possibilidade de 3 a 5 mandatos.
O PSD figueirense, encabeçado por Pedro Machado, conseguiu entre 8,6% e 12,2% e poderá ter elegido até 2 mandatos.
Bernardo Reis, da CDU, com entre 0,9% a 3,9% dos votos, poderá ser eleito vereador na Figueira da Foz.