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O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta quarta-feira que vai estar várias vezes com o Pedro Nuno Santos, quando questionado pelos jornalistas sobre o pedido de saída do ministro cessante do Secretariado Nacional do PS.
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No final das declarações sobre as novas residências universitárias da Universidade de Lisboa, cujas obras visitou esta tarde no âmbito do Roteiro PRR, António Costa escusou-se a responder a perguntas dos jornalistas sobre a atualidade política, abrindo uma exceção quando lhe perguntaram se iria ter saudades de Pedro Nuno Santos no Secretariado Nacional do PS.
"Vou estar tantas vezes com o Pedro Nuno Santos!", respondeu apenas, seguindo o seu percurso para sair do estaleiro das obras.
A pergunta a que Costa não resistiu. Ouça a reportagem de Rita Carvalho Pereira.
Cabeça de lista socialista por Aveiro nas últimas eleições legislativas e apontado com um dos potenciais candidatos à sucessão de António Costa na liderança do PS, Pedro Nuno Santos demitiu-se do Governo na passada quarta-feira à noite para "assumir a responsabilidade política" do caso da indemnização de 500 mil euros paga pela TAP à ex-secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis.
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A demissão de Pedro Nuno Santos foi a terceira ocorrida no Governo na última semana de dezembro e a décima a atingir um membro do executivo socialista de maioria absoluta.
PRR é contrato com "metas, marcos e objetivos"
O primeiro-ministro, António Costa, defendeu que a lógica do PRR "não é de um cheque passado" por Bruxelas e distribuído ao país, mas sim um contrato assinado com a União Europeia com "metas, marcos e objetivos".
"A lógica do PRR não é um cheque que nos é passado em Bruxelas para nós distribuirmos assim no país. O PRR é um contrato que nós assinámos com a União Europeia que tem um conjunto de metas, de marcos e de objetivos e em que os pagamentos são feitos conforme vamos cumprindo as metas, os marcos e os objetivos", explicou.
Segundo o primeiro-ministro, foi por Portugal ter "cumprido as metas e os marcos" contratualizados para o ano de 2022 que a "Comissão Europeia já aprovou o pagamento da primeira tranche e o pagamento da segunda tranche", tendo agora que ser cumpridas as metas para o ano que começou.
"Nós não avaliamos o PRR pela quantidade do que foi pago, mas pelo movimento que o PRR vai gerando e o movimento é este: dois centros de saúde que visitámos hoje de manha, é esta residência que no próximo ano letivo estará pronta e é graças a esse investimento que os estudantes terão as camas disponíveis, que os arquitetos e os desenhadores têm trabalho, que as empresas de construção têm trabalho e é trabalho muito difícil num tempo muito exigente", enfatizou.
António Costa sublinhou que "toda a gente tem uma grande ansiedade e curiosidade para saber como está a andar o PRR e é por isso importante ver o PRR movimento".