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A antiga vice presidente do CDS, Cecília Meireles, reconhece que o partido vive o momento mais grave em mais de 40 anos, mas mantém a esperança de que seja Nuno Melo a resgatar o CDS à insignificância, depois de uma vitória no congresso, deste fim de semana, em Guimarães.

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"É evidente que eu espero que Nuno Melo ganhe e ganhe com uma vitória expressiva", afirma Cecília Meireles no programa Bloco Central da TSF, admitindo que "a sobrevivência do partido está em causa," mas que o CDS com uma "grande história" ainda pode ter "um grande futuro".
Apesar da perda de representação parlamentar, nas últimas legislativas, Cecília Meireles acredita que será possível regressar à Assembleia da República porque "não há impossíveis".
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"Eu até há uns anos também ouvia dizer que era impossível criar um novo partido e não era assim tão impossível. Então se não é impossível criar um novo partido, é impossível um partido que sai do Parlamento voltar para lá?", questiona a antiga deputada.
Cecília Meireles destaca a gravidade do momento, diferente de qualquer "alto e baixo" vivido pelo CDS.
"É absolutamente excecional: o CDS nunca esteve fora do Parlamento, ao longo da sua história. Isto não é um alto e baixo como outros que já vivemos. Acho que temos de explicar porque é que o CDS faz falta a Portugal. E isso também passa por por perguntarmos a nós próprios para que é que aqui estamos e passa por o CDS passar o seu foco, muito virado para dentro, para o país. Porque eu acho que o CDS faz falta."
A antiga vice-presidente de Assunção Cristas, ouviu na TSF a disponibilidade do antigo líder Manuel Monteiro para fazer as pazes com Paulo Portas: "ele disse que ia falar no Congresso e eu vou ouvir." No momento em que, nos bastidores, ainda corre a possibilidade de uma candidatura surpresa, Cecília Meireles defende que Nuno Melo tem o perfil indicado para liderar o CDS. "Pode-se achar tudo o que se quiser do Nuno, mas se há coisa que ele é, é combativo e frontal", elogia, considerando que os restantes candidatos "não são sequer comparáveis naquilo que podem fazer quer pessoal, quer politicamente".

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Assumindo-se como uma "congressista no meio de muitas centenas", Cecília Meireles afirma estar disponível para ajudar o partido, mas sublinha que não tomou a decisão de deixar a linha da frente da política "de ânimo leve".
O congresso do CDS vai decorrer este sábado e domingo, em Guimarães, com quatro candidatos já anunciados na corrida à liderança e a possibilidade de eventuais surpresas.