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António Costa volta a abrir a porta ao diálogo depois de 30 de janeiro, e acrescenta que "não pode haver rancores, nem acrimónias" com os restantes partidos políticos, exceto com o Chega. O líder socialista voltou a pedir estabilidade, "sem sucessivas crises políticas", e Ana Catarina Mendes afirma que Rui Rio "é o lobo vestido de pele de cordeiro".
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O ainda primeiro-ministro lembrou o passado do PS, "que foi o motor da concórdia nacional", e apelou que volte a sê-lo.
Ouça aqui a reportagem.
"De novo, é isso que temos de fazer, sem acrimónias ou rancores. Virando a página desta crise, e devolvendo ao país o que é fundamental: estabilidade e tranquilidade na vida de cada portuguesa e cada português", disse.
Diálogo com "os partidos democráticos" é o que pede também Sampaio da Nóvoa, antigo candidato a Presidente da República, em 2016, que apareceu no comício de Almada para dar força a António Costa.
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"Este Governo precisa da força do diálogo, um diálogo amplo, olhos nos olhos com os cidadãos. Precisa da paciência da escuta, da humildade dos democratas, da energia da participação, precisa de construir pontes", atirou.
E, tal como Sampaio da Nóvoa, o secretário-geral do PS está disponível "para dialogar com todos", menos com o Chega, porque "tal como não há almoços grátis, também não há tolerância grátis ou viabilidades grátis".
"A viabilização de um Governo de direita pela extrema-direita tem um custo, que não podemos, nem devemos aceitar", acrescentou.
Ana Catarina Mendes, cabeça de lista do PS pelo círculo eleitoral de Setúbal, e antiga líder parlamentar do PS, também criticou a direita, mas desta vez, "pelo programa escondido" do PSD.
"O Dr. Rui Rio é o lobo vestido de pele de cordeiro, que não diz ao país o que quer. Está a dissimular-se e, não quer verdadeiramente, que o país ande para a frente", afirmou, no discurso antes de António Costa.
O PS reafirma que os social-democratas são contra o aumento do Salário Mínimo Nacional, apesar de Rui Rio dizer o contrário, e acusar os socialistas de "deturpar" as propostas da direita, "numa campanha negra".

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