Sondagens favoráveis? "O resultado final é que interessa", afirma Rui Rio

Rui Rio, que tem sido um crítico das empresas de sondagens, voltou a desvalorizar esta manhã a análise feita pela Aximage para a TSF, para o JN e para o DN, que davam conta de uma diferença de apenas dois pontos entre o PSD e o PS.

"Não, isso... Umas para cima, outras para baixo... O resultado final é que interessa." Foi assim que o presidente do Partido Social-Democrata respondeu aos jornalistas esta manhã, quando questionado acerca dos resultados da sondagem da Aximage para TSF-JN-DN, de que dão conta que já são dez os pontos ganhos no mês em que Rui Rio venceu as diretas e que catapultam o PSD para os 33,2% de intenções de voto, a dois pontos do PS, que desliza três pontos e está agora com 35,4%.

Rui Rio tem sido um grande crítico das empresas de sondagens, e no passado manifestou-se contra estas análises antecipadas por várias vezes. Em julho de 2019, antes das legislativas, o presidente social-democrata chegou mesmo a declarar que as "sondagens não servem para nada" e que as desvalorizava. Nessa altura, o PS surgia com o dobro das intenções de voto, e Rio atirou mesmo: "Com tantas sondagens que saem (...) será que ainda vale a pena fazer eleições?"

Já este ano, sobre as sondagens relativas às eleições autárquicas, o antigo autarca do Porto chegou a utilizar a palavra "vigarice" para se referir aos resultados antecipados pelas empresas de sondagens.

À entrada para este dia de Congresso, Rui Rio falou sobre o que esperava para este sábado, e replicou que a expectativa é de "ouvi-los a todos [os intervenientes]".

"A dada altura, começo a ficar um bocado cansado e a atenção dispersa, também tenho de ser honesto. Não se consegue estar ali aquelas horas todas concentrado."

Questionado sobre o retorno de Luís Montenegro à atividade política e o efeito que tal poderá provocar, Rui Rio manteve-se em silêncio. Luís Montenegro revelou na sexta-feira que pôs fim ao "tempo de recato". Há dois anos perdeu as eleições diretas com Rui Rio, e foi questionado pelos jornalistas acerca do futuro. "Eu andei sempre aqui e não mudarei a minha postura." O social-democrata justificou que, durante dois anos, o recato serviu para ajudar a eliminar do partido crispações e divergências.

"Empenhadíssimo em ajudar o partido a vencer as eleições. Espero eu e esperam seguramente todos os militantes e sobretudo a população portuguesa que ambiciona uma alternativa política capaz de dar ao país o desenvolvimento que o país não tem há alguns anos", referiu o antigo candidato à liderança do PSD Luís Montenegro, à entrada para o Congresso, que decorre em Santa Maria da Feira.

Montenegro garante que vai estar em campanha "ao lado de Rio e de outros candidatos", e, questionado pelos jornalistas, admite que "já não há motivo" para manter o recato que foi mantendo ao longo de dois anos.

O ex-líder parlamentar de Pedro Passos Coelho considerou ainda ser "natural" haver várias listas ao Conselho Nacional, sinal da "pluralidade do partido".

"Quem tem a vida complicada agora é António Costa. Primeiro foram os parceiros de governação a tirarem-lhe o tapete, e creio que a 30 de janeiro serão os portugueses a fazê-lo."

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