"Todos batem no PS." Costa fala em "posição ingrata" e aponta à esquerda

Costa avisa que os autarcas não podem ser contra a União Europeia, e garante que o PRR não beneficia o grande capital.

A posição do Partido Socialista nas eleições autárquicas "é ingrata" , assume António Costa, uma vez que todos os partidos batem no PS, que está a discutir todas as câmaras e freguesias do país. Numa corrida pelo Alentejo, onde os comunistas têm uma forte implementação, o secretário-geral socialista deixou recados à esquerda.

"Nesta campanha estamos numa posição ingrata. Todos batem em nós, em vez de dizerem o que querem fazer pelo futuro do país. Em cada um dos conselhos, a escolha é uma: o PS e a coligação PSD/CDS, ou o PS e a CDU. Mas a escolha é sempre o PS e algum dos outros", atirou.

António Costa reforçou que os socialistas são a maior força autárquica em Portugal, "com implementação em todas as regiões do país", e apelou ao voto "para que o PS renove a maioria das autarquias em Portugal".

Nas câmaras em disputa com a CDU, Costa deixou o aviso: para Portugal progredir, os autarcas não podem ser contra as relações com Bruxelas.

"É fundamental termos autarcas que não sejam contra a União Europeia (UE). Que percebam que é na UE que temos o nosso espaço de desenvolvimento", disse, sem nunca referir diretamente os comunistas.

António Costa reforçou ainda que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) é para desenvolver o país, apostando na habitação e na saúde, e em mais uma indireta à esquerda, referiu que "não percebe as críticas" de benefícios ao grande capital.

"Fico muito perplexo quando vejo partidos dizerem que o PRR é para servir o grande capital e os interesses de Bruxelas. Não, o PRR é para investir na habitação, transportes públicos, para podermos desenvolver os centros de saúde e as redes de cuidados continuados. O PRR é para desenvolver o nosso país e servir as populações", refutou.

António Costa passou o oitavo dia de campanha em Alcácer do Sal, Évora e Beja, que têm forte implantação comunista. O PS tem três câmaras em luta renhida com a CDU, além do Alentejo: Almada, Barreiro e Setúbal.

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