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António Costa promete "solidariedade" para com a comunidade ucraniana residente em Portugal e assume que os familiares e amigos "são bem-vindos" ao país. O primeiro-ministro garante que "há um plano de evacuação" pronto a ser ativado para que os portugueses sejam retirados da Ucrânia.
"Quanto maior é a tormenta, mais necessária é a calma e a serenidade. Há 40 portugueses que vieram nas últimas semanas para Portugal e 202 que estão referenciados. Temos previsto um plano de evacuação", afirmou, em declarações no Palácio de Belém.
O primeiro-ministro explicou que as embaixadas estão disponíveis para dar vistos aos ucranianos que se queiram refugiar em Portugal, "que assumirá toda a responsabilidade de proteção internacional".

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"Se familiares e amigos [de residentes em Portugal] entendem que devem procurar em Portugal a segurança e destino para dar continuidade às suas vindas são também bem-vindos", garantiu.
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Costa explicou que "tal como no passado", Portugal "está ciente que o desafio de acolher refugiados e assegurar a sua proteção é um dever que nos implica", com um apelo à União Europeia para "que adote, sem a menor restrição, as suas responsabilidades".
"É um dever que nos implica a todos, já que a nossa fronteira é muito extensa", disse.

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O primeiro-ministro defendeu ainda que "a última coisa que se deseja é qualquer corte das relações diplomáticas", já que o diálogo deve ser mantido em aberto, e devia ter sido essa a via, "e não a da confrontação".
"Devemos responder a esta ação com uma condenação veemente e uma resposta militar de dissuasão para evitar a escalada e expansão aos países da NATO", acrescentou.
O primeiro-ministro afirmou que a via diplomática deve continuar para que as forças russas regressem ao próprio território, "garantindo a paz em toda a Europa".

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