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António Costa sublinhou, esta terça-feira, que "nunca lhe passaria pela cabeça desautorizar o Presidente da República". O primeiro-ministro descreve como "intriga e confusão" a ideia de que desautorizou o Presidente da República, quando lembrou que "ninguém pode garantir que não vai haver um passo atrás no desconfinamento".
"Acho que isso é tudo um equívoco entre as perguntas que foram feitas e as respostas que foram dadas", disse aos jornalistas à saída da cerimónia de condecoração e entrega da Espada de Oficial General, no Quartel do Carmo.
O primeiro-ministro admite que "os portugueses desejam seguramente aquilo que o Presidente da República deseja", ou seja, "que ninguém dê um passo atrás" no desconfinamento.

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O Presidente da República disse na segunda-feira, que "por definição, o Presidente nunca é desautorizado pelo primeiro-ministro". Questionado sobre as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa concorda.
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"Só pode haver um mal-entendido. Por natureza, o primeiro-ministro não desautoriza o Presidente da República. É institucional. Não há possibilidade de desautorização. Entre intriga e confusão, não há seguramente nenhum conflito", sublinha, acrescentando que "não vale a pena andar a criar romances, porque a realidade já é suficientemente densa".
António Costa reforçou ainda que, "apesar de pensamentos diferentes", nunca houve "nenhuma ação desarticulada entre o primeiro-ministro e o Presidente da República, sobretudo durante o combate à pandemia".
Na segunda-feira, em Bruxelas, António Costa assumiu que "ninguém pode garantir que não se volta atrás no desconfinamento, nem mesmo o Presidente da República". "Creio que nem o senhor Presidente da República seguramente o pode fazer, nem o fez", sublinhou António Costa.

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Marcelo Rebelo de Sousa tinha dito no domingo que, no que depender do Presidente, não haverá "volta atrás" no processo de desconfinamento. "Já não voltamos para trás. Não é o problema de saber se pode ser, deve ser, ou não. Não vai haver. Comigo não vai haver. Naquilo que depender do Presidente da República não se volta atrás", afirmou.
