Um "mandato a cumprir" e uma "esperança muito ténue". Diogo Feio não abandona CDS

Em declarações à TSF, Diogo Feio diz não pretender, para já, abandonar o CDS-PP, nem o Conselho de Jurisdição, para o qual foi eleito. O centrista sugere que alguns militantes centrais para o partido possam fazer a ponte do diálogo entre os dois opositores que lutam pela liderança.

Diogo Feio, do Conselho de Jurisdição do CDS-PP, não acompanha a debandada dos militantes que nos últimos dias têm manifestado a descrença total em relação à situação atual do partido. O centrista admite, em declarações à TSF, que não se identifica com 'este' CDS, mas, como foi eleito democraticamente, não pretende sair do Conselho de Jurisdição.

"Tendo em atenção aquilo a que temos assistido recentemente, e muito em especial no fim de semana, não tenho ligação a este presente que neste momento se vive, e tenho dúvidas de que o futuro possa ser muito melhor", assinala Diogo Feio. "Considero que existe uma possibilidade de que as coisas possam endireitar. Como tenho um mandato a cumprir, com a qual fui eleito em congresso, há dois anos, com certeza mantenho esta ligação."

O representante do Conselho de Jurisdição do CDS-PP mantém "ainda uma esperança, ainda que ténue, de que as coisas poderão vir a endireitar-se".

Para que haja uma solução para o partido, defende Diogo Feio, tem de ser encetado o diálogo, e várias figuras entre os centristas poderão ser a ponte para estas conversações. "Há um conjunto de personalidades dentro do partido - não tivesse eu as obrigações que tenho a nível da jurisdição do partido, estaria já ativamente a fazê-lo -, como António Lobo Xavier, como Luís Nobre Guedes, como Filipe Lobo d'Ávila, ou outros, que poderão tentar ajudar a que seja possível este diálogo para que uma questão que é iminentemente de natureza política e de legitimidade política possa vir a ser resolvida."

Diogo Feio também exorta Francisco Rodrigues dos Santos e Nuno Melo a conversarem para alinharem ideias sobre o futuro. "As partes em contenda devem entre si conversar, devem falar relativamente à possibilidade do congresso, devem ser claras em relação ao respeito por vencedores e vencidos num congresso futuro e devem evidentemente pensar numa solução que, em relação às próximas legislativas, possa ser de união", sustenta.

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