"Vai-se ajustando caso a caso." Marcelo elogia medidas do Governo para combater inflação

O Presidente da República afirma que a folga orçamental e a inflação não ter baixado justificam o momento em que estas medidas foram anunciadas.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiou esta sexta-feira as medidas do Governo para combater a subida dos preços dos bens essenciais e referiu que, a partir de agora, será preciso ajustar caso a caso.

"Era preciso tomar medidas, a inflação obrigava-o e a folga permitia-o. E agora vamos ver. Vai-se ajustando caso a caso", disse o chefe de Estado na República Dominicana, onde está em visita oficial.

Marcelo Rebelo de Sousa considera que as medidas foram tomadas no momento adequado. "O primeiro-ministro tinha prometido, não se sabia era quando. Eu penso que a razão que justificou estas medidas neste momento é dupla. Primeiro, saber-se que há folga no orçamento. Só agora se soube que a folga é muito superior àquilo que se esperava. Segundo lugar, saber-se que a inflação não baixa. Ainda havia a expectativa que lá fora como cá dentro começasse a quebrar no final do primeiro trimestre deste ano", explicou, antes de elogiar: "As duas coisas explicam as medidas. Da mesma maneira que critico o que devo criticar, elogio o que tenho de elogiar."

Mas serão suficientes? "Isso ninguém sabe. São as possíveis neste momento. Se são suficientes? Depende da evolução do orçamento e depende, sobretudo, de a inflação quebrar ou não quebrar."

Marcelo Rebelo de Sousa fala de boas notícias que permitiram estas ajudas. "Boa notícia quanto ao défice. Boa notícia que está por vir do crescimento do PIB perto de 2%, 1,8% é a nova estimativa do Banco de Portugal. Boas notícias sobre o desemprego e o crescimento. Portanto, uma folga para tomar medidas", disse o Presidente da República.

"As medidas que vão a quatro setores fundamentais: os bens essenciais, reduzindo a zero nos próximos meses o IVA sobre os bens alimentares; medidas à agricultura, que era muito sensível; medidas diretas de ajudas, como aquelas que houve no final do ano passado, no bolsos das famílias; e depois uma preocupação de completar isso com um aumento extraordinário dos funcionários públicos", descreveu.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, apresentam esta sexta-feira novas medidas para fazer face aos efeitos da inflação e do aumento do custo de vida em Portugal.

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