Os deputados aprovaram uma sessão solene para que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se dirija ao Parlamento português, seguindo o exemplo de outros países. A proposta do PAN vai ser enviada ao Presidente da República, para que faça o convite ao chefe de Estado ucraniano.
Inicialmente, através de um comunicado, o PAN adiantava que o requerimento tinha sido aprovado por unanimidade, mas, mais tarde, no final da conferência de líderes, a porta-voz, Maria da Luz Rosinha, esclareceu que o PCP votou contra a presença do Presidente Zelensky no Parlamento.
A proposta, "submetida na semana passada e dirigida igualmente ao Presidente da República", foi debatida e aprovada na conferência de líderes desta quarta-feira com o voto contra do PCP.
A porta-voz da conferência de líderes esclareceu ainda que, embora a "data esteja dependente do convidado", a expectativa é que a intervenção do Presidente ucraniano aconteça na semana entre 18 e 22 deste mês.
Desde a invasão russa na Ucrânia, Zelensky tem falado um pouco por todo o mundo, principalmente nos parlamentos europeus, onde apela ao apoio à Ucrânia e a sanções firmes à Rússia. Na terça-feira, o Presidente ucraniano falou ao Conselho de Segurança da ONU e ao Parlamento espanhol.
O primeiro discurso de Zelensky, depois da invasão, foi ao Parlamento Europeu, por videoconferência, no início de março. De seguida, o Presidente ucraniano dirigiu-se aos deputados do Reino Unido e, entretanto, já discursou nos parlamentos dos EUA, Alemanha, França, Israel, entre outros.
A 16 de março, Inês Sousa Real enviou uma missiva ao presidente da Assembleia da República (AR) onde pedia a Ferro Rodrigues que Zelensky interviesse no Parlamento por videoconferência. No entanto, como o Parlamento estava dissolvido, Ferro Rodrigues remeteu para a legislatura seguinte, que se iniciou na semana passada.
Na altura, em declarações à TSF, Inês Sousa Real salientou o papel de Zelensky durante a guerra, que se mantém no país, e afirmou que a AR portuguesa deve demonstrar que está "de braços abertos para o povo ucraniano".
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*Notícia atualizada às 14h35 com a orientação de voto do PCP
