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A equipa liderada pelo médico Baltazar Nunes, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, prevê que o máximo de casos em Portugal, dada a variante Ómicron, seja atingido na segunda semana de janeiro. Os isolamentos podem variar entre 4 a 12 por cento da população.
Na reunião no Infarmed, Baltazar Nunes lembrou os três cenários traçados pela Direção-Geral da Saúde, em que o mais dramático apontava para o aparecimento de uma variante em dezembro, "o que acabou por acontecer".
Baltazar Nunes explicou que "estamos com uma tendência crescente", mas se a efetividade das medidas decretadas pelo Governo se confirmar, os números vão descer com "a redução de 30 por cento dos contactos".

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"O máximo de casos será na segunda semana de janeiro", alerta, ou seja, na próxima semana. Já número de isolados pode variar entre 4 a 12 por cento da população nas próximas semanas.
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"O número de novas infeções pode ser de 42 mil a 130 mil novos casos em janeiro", disse, referindo que se tratam de cenários.
Quanto aos internamentos, podem ser ocupadas "1300 camas a cerca de 3700 em enfermaria" no máximo, na última semana de janeiro. Já em UCI o número pode variar entre 184 e 453 camas.
"Fica muito abaixo de 2021", notou, recordando que "há fatores diferentes desta variante, comparando com a Delta".
Os cenários traçados pelos especialistas sugerem que "a vacina perde o efeito com o tempo, e há uma proteção média de um ano para a população com 65 anos, e de dois anos para os grupos abaixo".
"São pressupostos que podem ser discutidos", lembrou
Baltazar Nunes disse ainda que "há máximos históricos" em todos os países com a nova variante, comparando o caso português com o da Dinamarca e da Inglaterra.
Falando da situação europeia, "há claramente uma maior transmissibilidade" em todos os países, "com um padrão semelhante em toda a Europa" à exceção da Europa de leste. Em Portugal, a partir dos 15 por cento de incidência, "a variante começou a crescer a uma velocidade bastante maior".
O especialista sublinha que, para atingir um menor número de casos, a aposta na vacinação deve continuar.

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