"A rua é o maior palco que conheci"

Bartolomeu Lima define-se como "um músico de rua". Brasileiro, tem formação musical, trabalhou como professor de artes e há quatro anos decidiu recomeçar do zero e mudar-se para Portugal.

Bartolomeu Lima tem 56 anos, quase quatro décadas dedicadas à música e define-se como um músico de rua. "Não quero tocar mais em hotéis ou noutros locais, eu gosto da rua, dá-me uma liberdade maior."

Em plena Rua das Flores, no Porto, sentado num banco alto, com a viola entre os braços, canta para quem passa. Em 2018 decidiu deixar o Brasil e recomeçar. "No Brasil trabalhei sempre com música, viva da música, cheguei a ser professor de artes em Mato Grosso. Depois larguei tudo, vendi o que tinha e vim para Portugal. A minha esposa não queria ficar no Brasil, porque a família vive em França e ela queria estar mais perto da família."

Veio para Portugal com um objetivo definido. "Vim para estudar, para fazer um mestrado em Ciências da Cultura, trabalhar num projeto infantil. Mas depois decidi ficar nas ruas, viemos, estabelecemo-nos. No início foi difícil, o dinheiro que trouxemos acabou e não tínhamos trabalho. Mas comecei a tocar nas ruas para mostrar a qualidade do meu trabalho e depois fui sendo convidado para batizados, casamentos e depois hotéis. A rua é o maior palco que conheci na minha vida."

Bartolomeu Lima e a esposa sentem-se acolhidos em Portugal e o regresso ao Brasil não faz parte dos planos, com a música diz que tem uma vida feliz. "A música consegue mexer com sentimentos e chamar a atenção das pessoas. É um instrumento poderosíssimo, se a soubermos usar para o bem fazemos a diferença em qualquer parte do mundo."

Define-se como um músico de rua e é assim que quer continuar a viver, costuma estar a tocar na Ruas das Flores ou na de Santa Catarina, no Porto. Também se faz ouvir em Esmoriz, cidade que escolheu para viver.

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