Abusos sexuais na igreja. José Ornelas assume que "tem sido um tempo penoso para os fiéis"

Para o presidente da Conferência Episcopal, a investigação da comissão independente é "um caminho necessário de identificação de males que existiram e que continuam presentes".

O presidente da Conferência Episcopal, José Ornelas, assume que este tem sido "um tempo penoso" para os católicos, dada a investigação da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica.

"Este tem sido um tempo penoso para todos os fiéis. Leigos e particularmente sacerdotes. Penoso pelo duro embate com a realidade cuja dimensão e contornos decidimos que fosse estudada por pessoas competentes", assume o bispo de Leiria-Fátima à entrada para uma reunião da Conferência Episcopal que estará reunida até quinta-feira.

José Ornelas refere que é "um caminho necessário": "A dor deste processo não deve desanimar-nos. Pelo contrário, como tive oportunidade de dizer na abertura do simpósio do clero no passado mês de agosto, é um caminho necessário de identificação de males que existiram e que continuam presentes, para que possamos assumir-nos, na sua realidade dolorosa, como processo de conversão e de libertação para todos."

O presidente da Conferência Episcopal considera que as políticas de emergência implementadas pelo Governo para combater a pobreza e a subida da inflação são "paliativas".

"As medidas paliativas de emergência tomadas pelo Governo português são importantes para responder ao apoio de emergência, mas é imprescindível realizar convergências de regime com base nos partidos e com consistência parlamentar", disse.

O objetivo, segundo José Ornelas, é "concretizar políticas estruturais de médio e longo prazo que permitam mitigar os efeitos da inflação e incentivar o crescimento, tendo como preocupação o combate à pobreza, a diminuição das desigualdades sociais e o bem-estar dos cidadãos, com uma mais justa repartição da riqueza".

Devido à guerra na Ucrânia, o presidente da Conferência Episcopal afirma que o mundo enfrenta uma "grave crise socioeconómica" e entre os mais prejudicados estão as famílias pobres, os jovens à busca de emprego, os idosos e também as famílias de classe média.

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