Agendamento para crianças de 5 e 6 anos arranca mais cedo graças a "entregas de vacinas antecipadas"

O universo de crianças a vacinar na faixa etária dos cinco aos 11 anos ronda as 600 mil.

A vacinação das crianças vai prosseguir com uma antecipação do calendário inicialmente previsto. Esta quarta-feira, o autoagendamento foi alargado aos cinco e seis anos. Algo que só foi possível, segundo António Lacerda Sales, secretário de Estado Adjunto e da Saúde, porque Portugal vai receber o dobro das vacinas pediátricas de que estava à espera em janeiro.

"Recebemos, antes desse primeiro fim de semana, cerca de 300 mil vacinas e tínhamos planeado receber no mês de janeiro cerca de 460 mil vacinas, com mais ou menos cem mil vacinas por semana. Entretanto foram antecipadas entregas de vacinas e, durante o mês de janeiro, vamos receber cerca de 804 mil doses, o que dá para vacinar mais crianças em menos tempo. Por isso mesmo tivemos a condensação do plano, pretendendo vacinar nestes dias - 6, 7, 8 e 9 de janeiro - o maior número possível de crianças, dos cinco aos 11 anos", explicou à TSF Lacerda Sales.

O universo de crianças a vacinar nesta faixa etária ronda as 600 mil. A marcação para a toma da vacina contra a Covid-19 para crianças entre os 5 e 11 anos está disponível através do portal do autoagendamento para o período de 6 a 9 de janeiro.

Este será o segundo período destinado exclusivamente à vacinação de menores, depois de mais de 95 mil crianças entre os 9 e os 11 anos terem recebido a primeira dose da vacina pediátrica da Pfizer no fim de semana de 18 e 19 deste mês.

Segundo o planeamento da task force, a vacinação da segunda dose para as crianças abaixo dos 12 anos deverá acontecer entre os dias 5 de fevereiro e 13 de março.

Voltar ao ensino online? Tudo depende da evolução epidemiológica

O secretário de Estado da Saúde afirma que, por enquanto, não estão em cima da mesa mais medidas restritivas, inclusive voltar ao ensino online. Mas tudo está em aberto.

"Neste momento a evolução epidemiológica, os números e a própria variante Ómicron leva-nos a um plano de grande incerteza", admite Lacerda Sales. "Mantemos o plano que tínhamos inicialmente, mas, como em todo o mundo, nunca se podem afastar cenários perante as evoluções epidemiológicas", avança.

O secretário de Estado adianta que "os ajustes das medidas" se farão de acordo com essa evolução, "que é sempre de uma grande incerteza". Vacinando o maior número de jovens, na opinião do responsável pelo Ministério da Saúde, poderá " proteger-se a comunidade e normalizar o mais possível a vida das crianças".

A ministra da Saúde afirmou que em janeiro se poderão atingir os 37 mil casos diários de pessoas infetadas com Covid-19, mas o secretário de Estado da Saúde não quer antecipar se esse poderá ser o pico da pandemia.

"Não lhe consigo fazer essa formulação. Só após dois períodos de incubação, após 28 dias é que sabemos se atingimos o pico, por isso neste momento é impossível dizer quando será", explica Lacerda Sales.

A Covid-19 provocou mais de 5,40 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.909 pessoas e foram contabilizados 1.303.291 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.

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