Benefício do Autovoucher aumenta para 20 euros, sanções da UE à Rússia alargadas em breve e outros destaques TSF

Aumento do valor é uma medida "extraordinária" para combater os efeitos económicos da guerra na Ucrânia.

O Governo anunciou, esta sexta-feira, que vai aumentar para 20 euros o benefício do Autovoucher durante o mês de março para combater o aumento dos preços dos combustíveis provocado pela invasão russa da Ucrânia. A medida foi anunciada pelo ministro das Finanças, João Leão, em conferência de imprensa no ministério, onde explicou que perante a escalada de preços "sem precedentes", o Governo viu-se obrigado a "agir de imediato".

Este apoio surge numa altura em que se sabe que os preços do gasóleo e da gasolina vão disparar na próxima semana, com subidas superiores a 14 e oito cêntimos por litro, respetivamente, acompanhando a subida das cotações dos produtos petrolíferos nos mercados internacionais, segundo fontes do setor.

Os efeitos do conflito na Ucrânia fazem também disparar o preço do gás natural para um novo recorde histórico na Europa, ao atingir 213,895 euros por megawatt hora (MWh). O receio de perturbações nas exportações russas, que representam 40% das importações de gás europeu, fizeram subir o preço do gás de referência no mercado europeu, o TTF holandês.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, revelou que "certamente" serão acrescentadas em breve à lista de sanções da União Europeia (UE) novas personalidades russas, designadamente oligarcas. Santos Silva especificou que os 27 têm designadamente em mente "novas medidas de isolamento da Rússia nas organizações internacionais, nas instituições financeiras multilaterais" e "o alargamento da lista de personalidades russas ligadas à oligarquia e ao regime a serem sancionadas".

Na cidade de Lviv, o enviado especial da TSF à Ucrânia, Pedro Cruz, descreve o ambiente que se vive depois de uma noite em que o Exército russo atingiu um edifício junto à central nuclear de Zaporizhzhia.

A resistência ao invasor russo, em Lviv, também se faz nas ondas da rádio. Nem a guerra conseguiu calar a voz da rádio Galiza. Apesar do receio assumido de que um bombardeamento russo possa deixar a rádio em silêncio, por agora a emissão continua no ar, nos 89.7 do FM. Como testemunhou o enviado especial da TSF à Ucrânia, Pedro Cruz, isso é encarado como um sinal de que, por enquanto, ainda está tudo bem em Lviv.

Mas há poucas certezas sobre o futuro e as autoridades preparam-se para o que pode vir a acontecer. A equipa da TSF no terreno, acompanhou os funcionários da câmara da cidade que "decidiram tapar todas as estátuas com fibra de vidro" para "evitar, em caso de bombardeamento e explosões, que as estátuas sejam danificadas".

Após os apelos de Kiev para deter os bombardeamentos da Rússia, o secretário-geral da NATO afirmou que a aliança atlântica não vai interditar o espaço aéreo sobre a Ucrânia e referiu também que "os aliados concordam que não devemos ter aviões ou tropas da NATO a operar sobre o espaço aéreo ou no território ucraniano", destacando os "perigos desta guerra", que foram "ainda mais evidenciados" pelos acontecimentos da noite passada na maior central nuclear da Europa.

A Rússia só aceita um diálogo de paz com a Ucrânia se Kiev concordar com "todas as exigências russas", disse esta sexta-feira o Presidente russo ao chanceler alemão, segundo o relato da conversa telefónica divulgado em Moscovo.

Declarações de Putin no mesmo dia em que se soube que os representantes da Ucrânia e da Rússia poderão reunir-se novamente no fim de semana, anunciou o chefe dos negociadores da Ucrânia, Mykhailo Podoliak, numa conferência de imprensa em Lviv, no oeste da Ucrânia.

Por cá, Rui Tavares apela à "convergência da esquerda" para reconquistar a câmara de Lisboa ao PSD, depois de em setembro, PCP e Bloco de Esquerda (BE) terem concorrido sozinhos à capital. Apesar das críticas internas sobre o apoio do Livre a Fernando Medina, Rui Tavares explica na TSF que "o sinal de convergência", permitiu ao partido "aguentar o embate do voto útil" nas legislativas.

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