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O capelão da Marinha Licínio Luís vai ser reintegrado. De acordo com o Diário de Notícias (DN), Licínio Luís não voltará aos fuzileiros, indo prestar serviço na base do Alfeite. O anúncio da reintegração ocorreu esta quinta-feira durante uma missa campal em Pinheiro da Cruz, no âmbito de um exercício de aprontamento da unidade que vai integrar uma missão da NATO.
O capelão foi exonerado por Gouveia e Melo depois de ter criticado o Chefe do Estado-Maior da Armada a propósito dos dois fuzileiros suspeitos da morte do agente da PSP Fábio Guerra. Licínio Luís acabou por pedir desculpa a Gouveia e Melo e sabe-se agora que será reintegrado, uma informação que foi confirmada pela Marinha ao DN.

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Na semana passada o almirante Gouveia e Melo fez um discurso duro ao corpo de fuzileiros da Marinha, no dia do funeral do agente da PSP Fábio Guerra, vincando que não quer "arruaceiros" na Marinha, nem militares "sem valores".
No seu discurso, Gouveia e Melo classificou os acontecimentos que resultaram na morte do agente da PSP Fábio Guerra como "um ataque selvático, desproporcional e despropositado".
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"Os acontecimentos do último sábado já mancharam as nossas fardas independentemente do que vier a ser apurado. O ataque selvático, desproporcional e despropositado não pode ter desculpas e justificações nos nossos valores, pois fere o nosso juramento de defender a nossa Pátria. O agente Fábio Guerra era a nossa Pátria, a PSP e as forças de segurança são a nossa Pátria e nela todos os nossos cidadãos", vincou.
O agente Fábio Guerra, de 26 anos, morreu no passado dia 21 de março, no Hospital de São José, em Lisboa, devido às "graves lesões cerebrais" sofridas na sequência das agressões de que foi alvo no exterior da discoteca Mome.
Um dos suspeitos no envolvimento nas agressões, civil, foi libertado após ser interrogado pelo Ministério Público e os restantes dois detidos, fuzileiros da Armada, ficaram na passada quarta-feira em prisão preventiva.