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Cerca de 12.700 sismos foram registados na ilha de São Jorge, no âmbito da crise que se iniciou a 19 de março, mais do dobro de todos os sismos registados no arquipélago em 2021.
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A informação foi avançada este sábado pelo presidente do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), após o briefing diário das autoridades regionais e locais, que decorreu na vila das Velas.
"Neste momento, só para o sistema fissural de Manadas, onde está a acontecer esta crise sísmica há cerca de sete dias, temos mais do dobro do que aqueles que foram registados em toda a região autónoma dos Açores em 2021", afirmou Rui Marques.
Segundo disse, está a verificar-se atualmente uma "diminuição da energia libertada e, como tal, a magnitude média tem vindo a diminuir", o que faz com as pessoas estejam a sentir menos sismicidade.
"Neste momento, passamos os 12.700 sismos já registados, dos quais 187 foram sentidos pela população e só três desde a meia-noite de hoje", afirmou Rui Marques, ao avançar que a frequência dos sismos mantém-se "extremamente acima dos valores normais para os Açores" e que continua a vigorar o aleta vulcânico V4, (de um total de cinco), o que significa "possibilidade real de erupção".
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A crise sismovulcânica em São Jorge iniciou-se às 16:05 de dia 19, tendo o sismo mais energético ocorrido nesse mesmo dia às 18:41 com uma magnitude de 3,3, na escala de Richter, mas provocar danos.
Segundo os dados provisórios dos Censos 2021, a ilha de São Jorge tem 8.373 habitantes, dos quais 4.936 no concelho das Velas e 3.437 no concelho da Calheta.