CGTP considera "urgente" mais investimento público nas funções sociais do Estado

Ouvida pela TSF, Isabel Camarinha afirma que Portugal tem uma estrutura produtiva "muito debilitada", sendo necessárias alterações ao modelo laboral atual.

A CGTP considera "urgente" que o Plano de Recuperação e Resiliência garanta mais investimento público nas funções do Estado e exige "transparência" sobre a forma como os fundos vão ser utilizados.

Em declarações à TSF, Isabel Camarinha refere que Portugal precisa de "se afirmar relativamente às suas próprias necessidades como país que tem uma estrutura produtiva muito debilitada, um país que precisa com grande urgência de mais investimento nos serviços públicos, nas funções sociais do Estado".

A secretária-geral da CGTP aponta para a necessidade de alteração do modelo laboral, "de baixos salários, de precariedade e de uma legislação laboral que não permite uma dinamização da contratação coletiva e que fomenta a própria precariedade e a desregulação dos horários".

O ministro do Planeamento admitiu esta terça-feira incluir contributos dos parceiros sociais na versão final do Plano de Resiliência e Recuperação, mas avisou que qualquer inclusão ou aumento do volume financeiro significa tirar de um lado para por noutro.

Por isso, a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses exige uma "grande transparência, um grande acompanhamento, uma grande divulgação e informação sobre como é que essas verbas estão a ser e vão ser utilizadas".

Isabel Camarinha relembra a "garantia do primeiro-ministro" sobre os "parceiros sociais integrarem a Comissão de Acompanhamento", mas afirma que "o colocar à discussão pública um plano desta natureza com pouco tempo para envio de contributos já nos faz pensar que de facto não há muita vontade de que os nossos contributos sejam considerados".

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