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António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), não acredita que o Governo não aceite contributos para o plano de resiliência. Uma declaração que surge depois de o ministro do Planeamento, Nelson Souza, ter avisado que o dinheiro não estica.
O presidente da CIP sublinha que espera que este processo de consulta pública não seja apenas para cumprir calendário.
"Se o Governo coloca em consulta pública um programa e não é para, dessa consulta pública, receber contributos e incorporar esses contributos, então mais valia, de uma forma unilateral, aplicar o programa sem consulta pública, sem receber sugestões e contributos porque se o faz, e não creio que seja o caso, apenas para cumprir calendário, não absorvendo os contributos assertivos, razoáveis e construtivos que, seguramente, a sociedade civil lhe vai fazer chegar, então não se justificaria a consulta pública", explicou à TSF António Saraiva.
O presidente da CIP também destaca que, pela parte que lhe toca, gostava que este Plano de Recuperação e Resiliência apoiasse mais o setor privado com uma distribuição de verbas mais equilibrada.
António Saraiva considera que Plano de Recuperação e Resiliência devia apoiar mais o setor privado
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"Só por si, o Plano de Recuperação e Resiliência tem um peso demasiado excessivo, na nossa opinião, de 65% para a parte pública e apenas 35% para apoiar diretamente as empresas. É esse peso desproporcionado que criticámos porque, sendo certo que temos de entender este apoio comunitário nos três pacotes, não podemos deixar de criticar esta falta de apoio à parte privada em detrimento da parte pública", acrescentou o presidente da CIP.

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