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A Associação da Comunidade de Afegãos em Portugal pede que o autor do ataque no Centro Ismaelita, em Lisboa, seja condenado a pena máxima. O ataque aconteceu na terça-feira e foi perpetrado por um refugiado afegão. Em comunicado, a comunidade afegã lamenta e condena o ataque, no qual morreram duas pessoas e uma ficou ferida.
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"Aproveitamos a oportunidade para solicitar ao sistema do governo português que considere a pena máxima para o agressor com base nas leis e nos regulamentos judiciais do país", pode ler-se na nota.
O jornalista Rui Carvalho Araújo resume os pontos principais do comunicado da Associação da Comunidade de Afegãos em Portugal
A comunidade afegã diz ter "confiança no sistema judicial português" e pede que o caso seja investigado "ao pormenor" e que os resultados sejam "partilhados com o público".
A associação condena o ataque, classificando-o de "ato criminoso e um crime grave contra a Humanidade".
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"Em circunstância alguma tais atos violentos e criminosos seriam aceitáveis pela comunidade afegã em Portugal e pela sociedade pacífica de Portugal", afirma, apresentando as condolências às famílias das vítimas e uma "rápida recuperação" aos feridos.
"Acreditamos firmemente numa comunidade forte e pacífica onde todos possam viver em paz e harmonia, independentemente da sua raça, cor, etnia e ou diferenças linguísticas", finaliza.
Duas mulheres morreram, na terça-feira, no Centro Ismaili, em Lisboa, num ataque com uma arma branca por um homem que foi detido e que está hospitalizado após sido baleado pela polícia.
O ataque - cuja motivação é ainda desconhecida - provocou mais um ferido grave e já foi condenado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pelo primeiro-ministro, António Costa, e por alguns partidos, bem como pela comunidade islâmica.
A Comunidade Muçulmana Ismaili em Portugal é constituída por cerca de 8.000 pessoas, que seguem os preceitos de um dos ramos xiitas do Islão. O Islão é uma das principais religiões monoteístas, cujos fiéis constituem um quarto da população mundial.