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Passava já da meia-noite quando Pedro Nuno Santos anunciou que pretendia deixar o Governo após uma nova polémica com a TAP. Às redações chegava o seguinte comunicado para justificar a decisão:

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Uma demissão que surge no seguimento do polémico pagamento de uma indemnização de meio milhão de euros, por parte da TAP, a Alexandra Reis. O primeiro-ministro já aceitou a decisão.

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Para o vice-presidente do PSD, Paulo Rangel, "só há um responsável" pela crise política no Governo socialista: "o seu líder". E "desta vez" não se pode desculpar com a geringonça.
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Ainda do lado dos social-democratas, o líder Luís Montenegro acusou o PS de ter traído a confiança dos portugueses, sublinhando que um primeiro-ministro e um Governo "de truques, habilidades e trapalhadas" geram instabilidade.

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À direita mantêm-se as críticas. O presidente do partido Chega, André Ventura, defendeu que o Presidente da República "tem de ponderar se está ou não em causa o normal funcionamento das instituições".

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Já a Iniciativa Liberal decidiu apresentar uma moção de censura ao Governo de António Costa. O presidente do partido sabe que o PS "tem maioria absoluta", mas acredita que "há suficiente sentido de responsabilidade dentro do PS para que esta moção possa ser aprovada nesta altura".

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À esquerda, o Bloco de Esquerda considera que o caso de Alexandra Reis não se esgota na demissão de Pedro Nuno Santos e que Fernando Medina e António Costa ainda devem "esclarecimentos e responsabilidades" ao país.

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Do lado do PCP defende-se que a censura dos comunistas é feita "à política do Governo" e afirma-se que mais importante do que a saída do ministro Pedro Nuno Santos é a reverter o processo de privatização da TAP.

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A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, defendeu que, embora o ministro das Infraestruturas e da Habitação se tenha demitido, "persistem dúvidas relativamente às opções políticas feitas em torno da TAP".

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Rui Tavares, deputado único do Livre, aconselha o Governo a deixar de utilizar o discurso da maioria absoluta, pelo menos da forma como o tem feito, e acredita, em declarações à TSF, que o Executivo "tem de fazer uma inversão de marcha" e "escolher governar de uma forma mais plural e dialogante".
O presidente do CDS-PP, Nuno Melo, pediu ao Presidente da República que dissolva a Assembleia da República e convoque eleições legislativas antecipadas, considerando que o "ciclo socialista terminou, o Governo está esgotado".

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No Twitter, a antiga eurodeputada e candidata presidencial Ana Gomes defendeu que Pedro Nuno Santos sai do Governo com "seriedade, convicção e dignidade" e "a tempo de revigorar o PS".

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Também na sequência da demissão, a ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, garante que o Governo está "coeso e dinâmico" apesar de todas as demissões e sinais de instabilidade.

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Tal como fez a ministra da Justiça, Maria do Céu Antunes, ministra da Agricultura, também sublinha a união dentro do Governo e deixou um elogio ao trabalho desenvolvido por Pedro Nuno Santos nas áreas da habitação e ferrovia.

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Siga ao minuto na TSF as reações à demissão de Pedro Nuno Santos.

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